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Anvisa aprova registro de kit para diagnóstico de febre maculosa
Teste deve ser realizado exclusivamente por
profissionais da área de saúde
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o
registro de novo produto para ser utilizado no diagnóstico da febre maculosa. O
kit 'IBMP Biomol Rickettsiose', fabricado pelo Instituto de Biologia Molecular
do Paraná, é o segundo autorizado no Brasil com esta finalidade.
O modelo pode detectar a presença das bactérias do gênero
Rickettsia spp. e Rickettsia rickettsii, que causam a doença, a partir da
identificação de material genético desses microorganismos no sangue do
paciente.
O teste utiliza a tecnologia PCR, que é capaz de identificar a
presença da bactéria. A Anvisa orienta que o exame deve ser feito
exclusivamente por profissionais da área de saúde com conhecimento específico
em biologia molecular. O primeiro teste autorizado no Brasil foi registrado na
agência em 2020.
No mês passado, em Campinas, no interior de São Paulo, houve um
surto da doença. Pelo menos quatro pessoas morreram de febre maculosa após irem
a uma fazenda que realiza eventos na cidade.
A febre maculosa é transmitida por meio da picada do
carrapato-estrela e tem alto índice de letalidade. A doença não passa
diretamente de pessoa para pessoa nem pelo contato com animais infectados. Os
humanos costumam ser apenas hospedeiros acidentais do carrapato.
Os hospedeiros preferidos da bactéria da febre maculosa são os
equídeos, como cavalos, mas pode também parasitar bovinos, animais domésticos e
silvestres.
Entre os sintomas da doença, incluem-se, além da febre, dores de
cabeça e muscular, mal-estar, náuseas, vômitos, manifestações hemorrágicas e
manchas avermelhadas na pele.
Como os sintomas são semelhantes aos de outras doenças, o
diagnóstico é dificultado. Embora haja tratamento para a febre maculosa por meio
de antibióticos, a demora em identificar a enfermidade contribui para o
agravamento do quadro, fazendo com que o medicamento não faça mais efeito.