divulgação (Foto: Davidyson Damasceno/Agência Brasília)
Cientistas fazem
primeira transfusão de sangue criado em laboratório
Pela primeira vez no mundo, um estudo clínico feito na Inglaterra fez
uma transfusão de glóbulos vermelhos cultivados em laboratório para dois
pacientes. O procedimento é inovador e, se funcionar, a expectativa é diminuir
a necessidade de transfusões sanguíneas. As células, que levam três semanas
para serem criadas, dão esperança a grupos que precisam receber sangue
regularmente, como pessoas com câncer avançado ou anemia falciforme.
Em seguida, os pesquisadores da Universidade de Bristol planejam testar
se os glóbulos vermelhos cultivados em laboratório duram mais no corpo em
comparação com as células humanas que fazem parte do procedimento padrão.
Para criar os glóbulos vermelhos, os cientistas removeram
células-tronco, que têm capacidade de se tornar qualquer célula do corpo, do
sangue de doadores regulares. Depois disso, eles usaram compostos químicos para
transformar o material nas células sanguíneas, criando um suprimento maior do
que o doado inicialmente.
Como os glóbulos vermelhos são recém-cultivados em laboratório e todas
as células são produzidas ao mesmo tempo, os pesquisadores suspeitam que eles
podem durar mais tempo no corpo após as transfusões.
Se o sangue cultivado em laboratório durar mais, seu uso pode
simplificar a vida de pessoas que precisam de transfusão, diminuindo a
quantidade de procedimentos obrigatórios. Os cientistas dizem que, no futuro,
isso reduziria também a sobrecarga de ferro causada por transfusões de sangue
frequentes, evitando o risco de complicações graves. As células também poderiam
ser utilizadas em pessoas com tipos raros de grupos sanguíneos. As informações
são do Portal Metrópoles,
parceiro do Bahia Notícias.