divulgação (Foto: OMS)
Pesquisador da
Fiocruz diz que é preciso cautela para lidar com Varíola de macaco
O infectologista Rivaldo Venâncio, pesquisador
da Fiocruz e coordenador de Vigilância em Saúde da instituição, explicou que a
varíola é uma família extensa de vírus, que existem mais incertezas do que
certezas sobre o surto da doença, mas que não é preciso entrar em pânico. A
variante é originária dos macacos e é “prima-irmã” do patógeno clássico, uma
doença considerada erradicada em todo o mundo desde 1979.
Segundo
o Metrópoles,
a doença já é endêmica em parte do continente africano, e já está em pelo menos
dez países, incluindo Estados Unidos, Portugal, Espanha, Reino Unido, Alemanha
e Austrália.
“No caso da varíola de macaco, ela tem uma apresentação muito
parecida com a varíola humana, mas o vírus não é o mesmo. Do ponto de vista
genético, eles são parecidos, mas possuem uma composição diferente”, explica o
médico.
O especialista conta que as formas de transmissão da doença mais
comum entre humanos são por contato com a secreção que sai das bolhas
características da doença e por via respiratória, porém, é preciso contato
muito próximo, e ela não se espalha com a mesma facilidade que outros vírus
respiratórios, como o coronavírus, por exemplo.
“Existe também um debate sobre se há transmissão sexual, mas
ainda está em curso. Não se sabe se seriam pelas secreções sexuais, ou pelo contato
com as lesões infectadas, ainda precisamos entender melhor”, explica.