divulgação (Foto: Paulo Victor Nadal / Bahia Notícias)
Deficiência de
vitamina D aumenta risco de doenças cardíacas e fraturas ósseas
Uma parcela considerável de brasileiros com idade acima dos
50 anos tem níveis insuficientes de vitamina D. Uma pesquisa da Universidade
Federal de Minas Gerais (UFMG) e do Instituto de Pesquisas René Rachou, da
Fiocruz, indicou que pelo menos 16% da população é carente do nutriente.
A
deficiência pode oferecer uma série de riscos para a saúde, como o aumento de
doenças cardiovasculares e de fraturas ósseas. O principal sintoma é o cansaço
excessivo e duradouro, além de fraqueza e dores nos músculos e ossos.
Exames laboratoriais podem confirmar o quadro. Devidamente
recomendados, suplementos podem corrigir o problema, muito comum em decorrência
de uma baixa exposição solar.
A falta da vitamina tem a capacidade de prejudicar o desempenho
em atividades cotidianas como dirigir, trabalhar ou praticar exercícios
físicos. Bebês podem ter manifestações graves a exemplo de uma demora ao
engatinhar e no fechamento dos esaços entre os ossos do crânio. Crianças mais
velhas podem apresentar pernas arqueadas e desvios na coluna.
O impacto na estrutura óssea acontece porque o hormônio atua na
regulação do cálcio e do fosfato no organismo. Em casos de deficiência são
absorvidas quantidades menores desses nutrientes.
Em
níveis avançados, crianças podem desenvolver raquitismo e adultos podem ter
osteomalacia. Em ambas ocasiões, há o enfraquecimento dos ossos.
A população adulta pode ter problemas, principalmente, na
coluna, pernas e joelhos. Idosos correm um risco ainda maior, porque a situação
pode ocasionar fraturas, especialmente na região do quadril.
Pesquisadores australianos descobriram que a carência da
vitamina D aumenta o risco de doenças cardiovasculares. O resultado do estudo,
publicado na revista científica European Heart Journal, apontou que o risco
entre pessoas com níveis mais baixos era mais que o dobro daquele observado em
pessoas com concentrações normais da substância.
EXPOSIÇÃO AO SOL
Médicos orientam que, para evitar a carência, ao menos uma parte do corpo seja
exposta ao sol de forma direta por um período de cinco a 15 minutos por dia,
pelo menos três vezes por semana. Doenças que interferem a absorção da vitamina
D também podem ser a causa da falta do nutriente no sangue.
Uma alimentação rica em peixes e gemas de ovos podem ajudar a
evitar uma deficiência. Especialistas, no entanto, destacam que a vitamina D
adquirida apenas pela comida não é suficiente. As informações são do jornal O
Globo.