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Casos de
conjuntivite aumentam no verão e doença pode ser sintoma da Ômicron; entenda
Os casos de conjuntivite aumentam
durante o verão. Porém, em meio à pandemia de coronavírus,
especialistas fazem um outro alerta: a doença também pode ser um sintoma da
variante Ômicron.
Em entrevista ao Bahia Notícias,
a oftalmologista e professora do curso de Medicina da UniFTC, Isabela Guerra,
apontou que não existe um fator exato que relacione a alta das infecções de
conjuntivite viral à época mais quente do ano. Segundo a médica, o aumento de
casos no período pode ser causado por ser um momento em que as
pessoas estão mais fora de casa e têm um maior contato umas com as outras. Já
sobre a conjuntivite causada pela variante do coronavírus, Isabela explica que
não existe diferença nos sintomas de uma conjuntivite simples.
“Na verdade conjuntivite é uma
inflamação na conjuntiva, que é a mucosa que vai cobrir os nossos olhos, os
vasos ficam mais inchados e avermelhados, sensação de areia… isso é a doença.
Ela pode ter diversas causas, desde a conjuntivite alérgica, que é a mais
comum, até as infecciosas. Dentre as infecciosas tem a conjuntivite viral ou
bacteriana, sendo a principal a viral”, explica Guerra.
Como a conjuntivite pode ser um
sintoma viral, o ideal é que o paciente procure um profissional para que sejam
dadas as devidas recomendações, já que existe a possibilidade da doença ser um
sintoma de Covid-19. “Dentro do espectro que nós estamos vivendo nesse momento
de explosão de casos da Ômicron, é válido fazer um teste para Covid-19. Mas a
princípio é recomendado que o paciente vá ao oftalmologista para receber o
diagnóstico”, esclarece a profissional.
Na maioria das vezes, os casos
virais são tratados com colírios lubrificantes, compressas de água e, se tiver
coceiras, podem ser utilizados antialérgicos. Mas os profissionais de
oftalmologia avaliam o quadro junto com o paciente.
De acordo com a médica, em
algumas situações, a doença pode evoluir para um quadro de inflamação, o que
pode formar membranas. Nesse tipo de conjuntivite, o oftalmologista remove
essas membranas por meio de um procedimento, podendo também ser usados
corticóides para o tratamento. Mas, de maneira geral, esses casos são mais
atípicos.
Para quem foi diagnosticado com a
doença, Isabela chama a atenção que as conjuntivites virais são altamente
infecciosas e que as chances de transmissão são altas. O recomendado é que não
se mexa nos olhos, que as mãos sejam lavadas com frequência, se possível manter
o isolamento social até que os olhos não tenham mais sintomas e trocar com
frequência roupa de cama, além de não compartilhar com outras pessoas.
“Nem todo olho vermelho é
conjuntivite. Existem várias outras doenças que podem ocasionar a vermelhidão
nos olhos. O oftalmologista é o profissional indicado para analisar o caso e é
quem pode recomendar o tratamento adequado ao paciente”, ressalta Guerra.