divulgação (Foto: Reprodução)
Com mais de 10% dos funcionários afastados por Covid, hospital só tem
atendido casos graves em Salvador
Cirurgias de urgência e emergência estão mantidas, assim como
funcionamento das UTIs, além de tratamentos e consultas de Quimioterapia e
Radioterapia
O Hospital Aristides Maltez, em Salvador,
suspendeu, a partir desta segunda-feira (24), os atendimentos da triagem, dos
ambulatórios gerais e as cirurgias eletivas. A medida foi colocada em prática
após a confirmação do diagnóstico positivo da Covid-19 em 176 funcionários da
unidade de saúde neste mês, o que corresponde a mais de 10% da equipe.
A
restrição visa reduzir o "risco de inviabilizar a manutenção do
atendimento essencial e a segurança ao paciente devido ao aumento de casos de
Covid-19 no Estado da Bahia e entre funcionários", diz o comunicado da
administração.
As
cirurgias de urgência e emergência estão mantidas, assim como o funcionamento
das Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), além dos tratamentos e consultas de
Quimioterapia e Radioterapia. Também continua funcionando a realização de
exames de imagem. E, nos ambulatórios, os pacientes em revisão de
pós-operatório, cuidados paliativos e considerados mais graves, ainda serão
recebidos.
"Houve um
crescimento [de casos da Covid-19], como em todo lugar, com a gente não foi
diferente. No hospital tem mais ou menos 1.500 funcionários, contando com os
médicos. Esses mais de 10% fora, é um impacto considerável. Saúde é gente
cuidando de gente, mesmo com a tecnologia, é o foco principal. Veio rápido, do
início de janeiro para cá e, espero, com esse freio, que possamos retomar na
próxima semana", avaliou Washington Couto, diretor administrativo do
HAM.
As
suspensões estão inicialmente previstas para durar até o dia 28 de janeiro, mas
este prazo pode ser postergado. "Existe a possibilidade [de
prorrogar]. Se os casos continuarem a ampliar e a quantidade de funcionários
que retornarem não for suficiente, se for inferior à quantidade que está
saindo, vamos reavaliar", esclareceu Couto.
O
diretor frisa que a medida foi necessária para manter o hospital em
funcionamento. "Tirando estes três grandes grupos de pacientes, o restante
todo está funcionando normalmente. Conseguimos remajenar a equipe, onde tinha a
falta de funcionarios e os realocamos. O objetivo da suspensão
é dar o atendimento que pacientes mais graves precisam".
Confira
as diretrizes:
1.As medidas serão válidas entre os dias 24 e 28 de janeiro de
2022, podendo ser revistas a qualquer tempo;
2. Suspensão do funcionamento da triagem;
3. Estão mantidos todos os tratamentos e consultas de Quimioterapia e
Radioterapia;
4. Nos ambulatórios gerais, o atendimento estará restrito aos pacientes em
revisão de pós-operatório, Cuidados Paliativos, Clínica de Dor, PAPO
(distribuição de bolsas) e Ambulatório de PICC;
5. Suspensão de cirurgias eletivas. Manter a realização de cirurgias com
reserva de UTI, cirurgias para implante de portocath, urgências e de pacientes
já internados;
6. Manter a realização de exames de imagem (tomografia, raios x,
ultrassonografia, medicina nuclear, EDA e colonoscopia) e Laboratório de
Análises Clínicas;
7. Manter obrigatório o uso de máscaras no hospital;
8. Suspensão dos eventos a serem realizados no auditório;
9. Suspender reuniões com número de pessoas acima de 10;
10. Manter suspensas as visitas hospitalares a pacientes internados em
enfermarias, apartamentos (permanecendo um acompanhante durante 12 horas e
troca), UTI geral e cirúrgica;
11. Suspensão de todos os estágios e internatos, mantendo as residências médica
e multiprofissional;
12. Permitir apenas 4 pessoas circulando nos elevadores;
13. A entrada de acompanhantes nos serviços de Quimioterapia e Radioterapia
estará restrita aos pacientes com necessidades particulares.