divulgação (Foto: Carol Garcia/Arquivo GOVBA)
Após nove internações por H3N2, Bahia diz que, diferente de Salvador, ainda
não vive surto de doença
SMS alertou, nesta segunda-feira (13), para importância de manter
utilização da máscara para evitar transmissão viral na cidade
A
Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab) divulgou, nesta quarta-feira (14), um
comunicado afirmando que, apesar das notificações de nove
casos de A H3N2, o estado ainda não vive um surto da doença. De
acordo com a coordenação estadual de Imunização, apenas no âmbito da capital
baiana pode-se considerar que há um “início de um surto” do tipo de influenza.
“A
Bahia não enfrenta um surto de Influenza H3N2. O parâmetro para se considerar
que existe um surto é a notificação de todos os casos em um mesmo território
geográfico. No entanto, como a maioria dos casos foram registrados em Salvador,
pode-se dizer que a capital vive o início de um surto da doença”, esclarece o
técnico da coordenação estadual de Imunização, Ramon Saavedra.
Saavedra
explica que, para que haja a notificação, é necessário que o caso tenha
evoluído para uma internação, ou seja, os nove registros do tipo de gripe na
Bahia, registrados no período entre 19 de novembro e 13 de dezembro em Salvador
e Lauro de Freitas, evoluíram como síndrome respiratória aguda grave.
“O
objeto de monitoramento da Vigilância em Saúde são os casos de Síndrome Respiratória
Aguda Grave (SRAG), que são, justamente, os casos de gripe que evoluíram para
um agravamento e foi necessário a internação. Se houve a internação, é
necessário, obrigatoriamente, ser notificado”, informa o técnico.
Na
Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), os principais sintomas são a
dispneia/desconforto respiratório, a pressão persistente no tórax ou saturação
menor que 95% em ar ambiente, evoluindo para um caso mais grave que, em muitas
vezes, necessita de internação. Mas nem todos os casos de H3N2 evoluem para um
quadro grave: a gripe pode se caracterizar por sintomas mais leves, com pelo
menos dois dos seguintes sinais e sintomas: febre, calafrios, dor de garganta,
dor de cabeça, tosse, coriza, distúrbios olfativos ou gustativos.
A
Secretaria Municipal da Saúde de Salvador (SMS) alertou, nesta segunda-feira
(13), para a importância de manter a utilização da máscara para evitar a
disseminação da transmissão viral na cidade. A medida é uma das
ações da pasta para conter o avanço de um surto de gripe na cidade.
Esse ano, pouco mais de 416 mil pessoas receberam a vacina
contra gripe em Salvador, número que corresponde a 58% de cobertura do
público-alvo. A meta da SMS é imunizar pelo menos 90% do público elegível que
reside na capital.