Divulgação (Foto: reprodução)
Adolescente de 16 anos sofre colapso pulmonar por uso excessivo
de vape
O jovem foi internado duas vezes e chegou a ficar na UTI
Um jovem britânico de 16 anos, sofreu um
colapso pulmonar por fazer o uso excessivo de cigarro eletrônico, conhecido
como vape. Nathan Chesworth estava se preparando para prestar vestibular quando
começou a apresentar uma tosse intensa.
Depois de algumas consultas ao
médico, Nathan recebeu antibióticos para tratar uma infecção no peito. Porém,
alguns dias após o início do tratamento, ele começou a tossir sangue. Rebecca
Chesworth, mãe do adolescente, relatou que Nathan estava sem
se alimentar neste período, porque não conseguia comer ou beber, o que
levou à perda de peso, além de não sair da cama. Em janeiro deste ano, na
véspera de voltar à escola, o jovem teve um colapso pulmonar ao subir as
escadas de casa, o que o impediu de respirar e foi levado com urgência para um
hospital, onde foi diagnosticado com pneumotórax. O quadro ocorre quando o ar
se acumula no espaço entre os pulmões e a parede torácica, podendo levar ao
colapso dos pulmões.
Nathan só revelou à mãe que
usava cigarro eletrônico após passar mal mais uma vez dias depois de receber
alta. Os cigarros eletrônicos se tornaram febre entre jovens e adolescentes por
seu formato moderno e sabores atraentes, como menta, chocolate, algodão doce e
etc.
No
Brasil, esse equipamentos são proibidos pela Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (Anvisa) desde 2009. Entretanto, tramita no Senado um projeto de lei
que propões a regulamentação dos vapes,
o que autorizaria a produção, comercialização e consumo de cigarros
eletrônicos no país. Um dos argumentos para ser aprovado incluídos no texto do
projeto é de que criaria uma receita de R$ 2,2 bilhões de impostos ao país.
Entidades
médicas e profissionais da saúde têm se unido contra esse PL. Na última
segunda-feira (2), o médico Drauzio Varela criticou, em entrevista à Metropole,
o Projeto de Lei e alertou sobre os perigos causados por esse
equipamento. “A indústria do cigarro é a que comete e continua cometendo o
maior crime da história do capitalismo internacional, descontado a escravidão.
A indústria transformou o cigarro em um símbolo de status social. Viciaram
nossa juventude. Mascararam que o cigarro é, na verdade, um dispositivo para
administrar a nicotina”, disse.