Divulgação (Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil)
Governo poupa Saúde e Educação em bloqueio de
R$ 2,9 bilhões no Orçamento
Bloqueio em despesas discricionárias foi feito para cumprir o
limite de gastos previsto no arcabouço fiscal
O governo federal poupou as áreas da Saúde e da Educação no
bloqueio de R$ 2,9 bilhões em despesas discricionárias para cumprir o limite de
gastos previsto no arcabouço fiscal, conforme antecipou o Broadcast Político,
sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado. O detalhamento do bloqueio
foi divulgado nesta quinta-feira (28), por meio de um decreto publicado no
Diário Oficial da União (DOU).
De acordo com o Ministério do Planejamento, o bloqueio foi
realizado em despesas discricionárias gerais e gastos destinados ao novo
Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Outras pastas com menos recursos,
como Ministérios das Mulheres, Igualdade Racial, Povos Indígenas e Direitos
Humanos e Cidadania, também foram poupadas de corte em despesas.
O bloqueio de R$ 2,9 bilhões foi anunciado no último dia 22,
durante a divulgação do primeiro Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e
Despesas do ano. O governo informou que o montante total de despesas
discricionárias que pode ser bloqueado para cumprir o limite de despesas do
novo arcabouço fiscal é de R$ 77 bilhões. No total, as despesas discricionárias
previstas no Orçamento de 2024 somam R$ 204,4 bilhões.
O Poder Executivo não precisou, no entanto, anunciar
contingenciamento para cumprir o resultado primário, que continua dentro da
margem de tolerância de 0,25 ponto porcentual do PIB (para mais ou para menos)
do arcabouço - o que permite um déficit de até R$ 28,8 bilhões. No relatório,
houve uma revisão na estimativa do resultado para 2024, de superávit de R$ 9,1
bilhões para déficit de R$ 9,3 bilhões.