Divulgação (Foto: reprodução)
Prevenção e combate do câncer colorretal são
enfatizados no Março Azul
Diagnóstico precoce é o principal foco da campanha
O número estimado de novos casos de câncer colorretal no Brasil,
para cada ano do triênio de 2023-2025, é de 45.630, sendo 21.970 a serem
diagnosticados em homens e 23.660 em mulheres. Sem considerar os tumores de
pele não melanoma, este tipo de câncer ocupa a terceira posição entre os mais
frequentes no país.
Nas regiões Nordeste e Norte, é o quarto mais prevalente. Em
2020, a doença matou 20.245 brasileiros. Esses dados do Instituto Nacional de
Câncer (Inca) revelam a importância da campanha Março Azul de prevenção e
combate à doença, cuja incidência tem aumentado de forma significativa nos
últimos anos.
A Sociedade Brasileira de Coloproctologia recomenda a realização
de exame de colonoscopia a partir dos 45 anos em pacientes assintomáticos com
objetivo de rastreamento e prevenção da doença. Se o paciente apresentar
sintomas antes dessa idade, a realização do exame deve ser antecipada.
Sintomas e fatores de risco
O câncer colorretal pode ser assintomático, mas diante de
qualquer indício, é essencial consultar um coloproctologista ou
gastroenterologista. As manifestações mais comuns incluem diarreia ou
constipação, presença de sangue nas fezes, sensação de esvaziamento incompleto
do intestino, dor abdominal tipo cólica, inchaço abdominal, fadiga, perda de
peso inexplicada e presença de massa palpável no abdômen.
A pesquisa de sangue oculto nas fezes pode ser o primeiro passo
para a investigação, mas a colonoscopia e a biópsia são determinantes para o
diagnóstico final.
Tratamento
Inicialmente, o tratamento para o câncer colorretal é cirúrgico,
visando remover a parte afetada do intestino e os gânglios linfáticos no
abdômen. A cirurgia pode ser convencional, videolaparoscópica ou robótica,
sendo esta última preferencial para tumores no reto e em pessoas com sobrepeso
ou obesidade.
A radioterapia, associada ou não à quimioterapia, pode ser
indicada em alguns casos para diminuir o risco de recorrência, dependendo das
características do tumor e da saúde geral do paciente.
Em situações de metástase, as opções terapêuticas podem
proporcionar o prolongamento da sobrevida e, em alguns casos, a cura,
dependendo do cenário clínico.