Divulgação (Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)
Governador de Minas Gerais alega ao STF que vacinação não é
obrigatória em matrículas escolares
Romeu Zema publicou um vídeo em janeiro nas suas redes sociais
afirmando que "todo aluno, independente de ter ou não vacinado, terá
acesso às escolas"
Romeu
Zema (Novo), governador de Minas Gerais, segue em defesa de sua manifestação ao
Supremo Tribunal Federal (STF), na qual afirma que a apresentação do cartão de
vacinação nunca tinha sido obrigatória para a matrícula na rede de ensino
estadual. Após ser notificado por Alexandre de Moraes, ministro do Supremo
Tribunal Federal (STF), Zema teve que justificar a sua fala, feita em vídeo
publicado no início de janeiro, em que havia afirmado que "todo aluno,
independente de ter ou não vacinado, terá acesso às escolas".
O governador indicou que a fala se tratava de “informar as famílias acerca da
inexistência de impedimentos à matrícula escolar, decorrentes de eventuais
retardos ou omissões no acompanhamento do calendário vacina”. Ainda
acrescentou que a não apresentação do cartão de vacinação nunca impediu o
exercício “do pleno direito de acesso à educação”, embora o documento seja
pedido no momento da matrícula
como forma de conscientização.
“Atualmente, a apresentação do cartão de vacinação para os estudantes com até
10 anos é solicitada como forma de sensibilização aos pais/responsáveis sobre a
importância dos cuidados com a saúde da criança”, disse Zema. .
O advogado-geral do estado, Sérgio Pessoa, o procurador Daniel
Cabaleiro Saldanha e o procurador-chefe da Procuradoria de Demandas
Estratégicas, Arthur Pereira De Mattos Paixão Filho pediram que o STF
negue os pedidos feitos pelos parlamentares do Psol, autores da ação, de
remoção do vídeo e anulação de eventuais atos administrativos relacionados à
dispensa de vacinas.