Divulgação (Foto: Rogério Vidmantas/Prefeitura de Dourados)
Fabricante de vacina contra dengue limita acesso de rede privada
para dar prioridade ao abastecimento do SUS
A previsão é que o fornecimento global do imunizante, até 2030,
atinja a meta de 100 milhões de doses por ano
A Takeda, empresa farmacêutica que produz a vacina contra a
dengue (Qdenga), interrompeu a assinatura de contratos diretos com estados e
municípios para priorizar o atendimento aos pedidos do Ministério da Saúde no
fornecimento do imunizante. A entrega para redes privadas também será limitada,
para suprir apenas o quantitativo necessário para completar o esquema
vacinal das pessoas que tomaram a primeira dose do imunizante.
A decisão foi informada através de um comunicado emitido nesta
segunda-feira (5). Ainda segundo a empresa, a medida foi tomada devido ao
cenário de incorporação da Qdenga no Sistema Único de Saúde (SUS) e o
agravamento da epidemia de dengue por todo o país.
"Em linha com o princípio da equidade na saúde, a Takeda
está comprometida em apoiar as autoridades de saúde, portanto seus esforços
estão voltados para atender a demanda do Ministério da Saúde, conforme a
estratégia vacinal definida pelo Departamento do Programa Nacional de
Imunizações (DPNI) que considera faixa etária e regiões para receberem a
vacina. Conforme já anunciado, temos garantida a entrega de 6,6 milhões de
doses para o ano de 2024 e o provisionamento de mais 9 milhões de doses para o
ano de 2025. Em paralelo, estamos buscando todas as soluções possíveis para
aumentar o número de doses disponíveis no país, e não mediremos esforços para
isso", afirma o comunicado.
Acordos firmados previamente com municípios não serão afetados
pela atual inclusão da vacina no SUS, diz a empresa. A previsão da Takeda é que
o fornecimento global do imunizante atinja a meta de 100 milhões de doses por
ano até 2030, incluindo um novo centro internacional dedicado à produção de
vacinas, na Alemanha, previsto para ser lançado em 2025.