Divulgação (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
Estudo aponta necessidade de doses de reforço contra Covid-19
Pesquisadores ressaltam a necessidade das doses de reforço, e
também das formulações adaptadas para assegurar cobertura às mais recentes
variantes de Ômicron em circulação
A dose de reforço é essencial para proteção contra a covid-19, é
o que mostra um estudo sobre a efetividade da vacina monovalente original. A
estimativa é que 84% da população no país ainda não recebeu uma dose de reforço
da vacina monovalente ou bivalente contra a covid-19.
Para os pesquisadores, a proteção de duas doses de vacina
monovalente original da Pfizer/BioNTech é de curta duração contra a covid-19
sintomática causada pela variante Ômicron. Conforme o estudo, a efetividade da
vacina contra infecção sintomática pela variante é de 54%. A potencial proteção
das duas doses contra as variantes Ômicron BA.1 e BA.2 alcança 58% e 51%,
respectivamente.
A pesquisa foi realizada na cidade de Toledo, no Paraná, entre 3
de novembro de 2021 e 20 de junho de 2022, pelo Hospital Moinhos de Vento, com
apoio da farmacêutica Pfizer Brasil, em parceria com a Universidade Federal do
Paraná, a Inova Research e a Secretaria Municipal de Saúde.
Foi analisado o comportamento da covid-19 em um cenário em
que a cobertura de imunização contra a doença havia sido de 90% nas 4.574
pessoas acima de 12 anos que participaram da amostra. O estudo destacou que a
maior proteção foi percebida no período após o recebimento das duas doses, com
queda da capacidade de proteção contra infecção sintomática com o passar do
tempo.
Para os pesquisadores, isso seria um indicativo da necessidade
das doses de reforço, e também das formulações adaptadas para assegurar
cobertura às mais recentes variantes de Ômicron em circulação. O estudo defende
a importância da aplicação das doses de reforço da vacina contra o SarsCoV-2 e
a manutenção da vigilância em relação ao comportamento da doença na população e
da evolução do vírus.
Os pesquisadores reforçam a necessidade de adoção de vacinas
adaptadas com componentes da variante Ômicron.