Divulgação (Foto: Reprodução)
Bolsonaro
culpa 8 de janeiro por ato esvaziado contra o aborto em Belo Horizonte
Segundo o ex-presidente, o ato deste domingo foi esvaziado por
conta do "temor" de apoiadores
O ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL)
citou os atos antidemocráticos do 8 de janeiro para justificar o esvaziamento
de uma marcha contra a descriminalização do aborto em Belo Horizonte.
O evento, realizado na manhã deste domingo (8) na Praça da
Liberdade, reuniu o ex-presidente, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) e
o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG).
Segundo Bolsonaro, o ato deste domingo foi esvaziado por conta
do "temor" de apoiadores a o que classificou como
"perseguições"
"As perseguições são muitas, mas nós temos coragem e garra
para enfrentá-las. Não podemos ceder. Eu passei por aqui no ano passado, essa
praça estava completamente cheia, creio que a diminuição do número de pessoas
vai pelo temor do que aconteceu no 8 de janeiro, agora. Lá eram brasileiros,
patriotas que foram se manifestar e entraram em uma arapuca, em uma
armadilha", disse o ex-presidente.
Os primeiros réus do 8 de janeiro têm sido condenados pelo
Supremo Tribunal Federal (STF) a penas que chegam a 17 anos de prisão por
diversos tipos de crimes, entre eles o de golpe de Estado.
Em um vídeo que circula nas redes sociais, é possível ver a
extensão da marcha durante o discurso de Bolsonaro a apoiadores.
Desde a sexta-feira (6), Bolsonaro, Michelle e Nikolas convocaram
apoiadores em suas redes sociais para comparecer à Praça da Liberdade. O número
de apoiadores foi menor a do que um ato convocado no mesmo local pelo
ex-presidente no 7 de setembro do ano passado. Naquele dia, Bolsonaro não
compareceu ao evento, já que estava acompanhando o desfile da Independência em
Brasília.
Bolsonaro diz que 'portas do inferno se abriram'
Durante o seu discurso na marcha, Bolsonaro disse que "as
portas do inferno se abriram" desde que ele saiu da Presidência da
República, citando o governo do presidente da República Luiz Inácio Lula da
Silva (PT) e os julgamentos do Supremo Tribunal Federal (STF) que discutem a
descriminalização do aborto e do porte de maconha para uso pessoal.
"Não sei se vocês repararam. Foi só a gente deixar a
Presidência, parece que as portas do inferno se abriram atrás de nós",
disse Bolsonaro.
Em
Belo Horizonte desde a sexta-feira (6), a agenda Bolsonaro também teve um
encontro com o governador Romeu Zema (Novo) e a sua participação em um evento
do PL Mulher, que é presidido por Michelle Bolsonaro.