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Senado adia
minirreforma eleitoral e mudanças não valerão para 2024
Para valer nas eleições de 2024, a minirreforma teria de ser
aprovada até dia 6 de outubro
O Senado Federal decidiu adiar, nesta terça-feira (3), a votação
da proposta de minirreforma eleitoral. Com isso, as regras não irão valer para
as eleições municipais, a serem realizadas em outubro de 2024. O adiamento foi
anunciado, em uma rede social, pelo senador Marcelo Castro (MDB-PI), que é
relator da proposta de reforma do Código Eleitoral, em tramitação no Senado. As
informações são da Agência Brasil.
"A minirreforma eleitoral não será votada pelo Senado nesta
semana, o que inviabiliza sua aplicação para as eleições de 2024. O Senado
preferiu se dedicar com mais profundidade ao Código Eleitoral, já sob minha
relatoria, e fazer uma reforma eleitoral mais ampla e consistente", disse
o senador.
Para que tivesse validade já nas eleições municipais de 2024, a
minirreforma eleitoral teria de ser aprovada pelos senadores até a próxima
sexta-feira (6), exatamente um ano antes do pleito. A Constituição determina
que "a lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de
sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua
vigência", chamado princípio da anualidade eleitoral.
Há semanas o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), já
havia antecipado que a minirreforma eleitoral seria debatida sem açodamento.
O que
prevê a minirreforma eleitoral?
A Câmara dos Deputados aprovou a proposta no mês passado e tinha
expectativa de as regras já valerem para as eleições de 2024. Entre as mudanças
propostas pela minirreforma eleitoral estão:
·
Obrigatoriedade de transporte público gratuito no dia das
eleições;
·
Legalização de candidaturas coletivas para cargos de deputado e
vereador;
·
Candidaturas laranjas de mulheres serão consideradas fraude e
abuso de poder político;
·
Federação deverá cumprir cotas de gênero;
·
Substituição de pena de cassação de candidato por usar recursos
ilegais para pagamento de multa;
·
Simplifica prestação de contas dos partidos;
·
Autorização do uso do Pix para doações eleitorais;
·
Aplicação de recursos públicos para pagamento de despesas
pessoais de candidatos;
·
Autoriza propaganda conjunta de candidatos de partidos
diferentes;
Autoriza
propaganda na internet no dia do pleito.