Divulgação (Foto: Matheus Raugust/PMPA)
Em Brasília, Bruno Reis discute subsídio para
transporte público com Ministério da Fazenda
O gestor voltou a reivindicar a necessidade do aporte federal
para o custeio do sistema, hoje deficitário, sobretudo nas médias e grandes
cidades
O prefeito Bruno Reis (União
Brasil) se reuniu nesta quarta-feira (23), em Brasília, com o secretário do
Tesouro Nacional, Rogério Ceron, para discutir o subsídio federal para a
operação do transporte público urbano. O gestor da capital baiana voltou a
reivindicar, desta vez junto ao Ministério da Fazenda, a necessidade do aporte
federal para o custeio do sistema, hoje deficitário sobretudo nas médias e
grandes cidades do país.
"Esse,
sem sombra de dúvidas, é o maior problema que nós, prefeitos, temos que
enfrentar. Viemos pedir esse apoio, pois com esse subsídio poderemos oferecer
transporte público com qualidade e mais eficiência", disse Bruno Reis.
Também participaram do encontro o presidente da Frente Nacional de Prefeitos
(FNP) e prefeito de Aracaju (SE), Edvaldo Nogueira; o deputado federal Isnaldo
Bulhões, relator no projeto de lei que cria o Plano Nacional de Assistência à
Mobilidade dos Idosos em Áreas Urbanas (PNAMI); e os prefeitos de Porto Alegre
(RS), Sebastião Melo, e de Palmas (TO), Cinthia Ribeiro, respectivamente.
Na
reunião, Bruno Reis lembrou que, ao assumir a gestão da cidade, em 2021, um
terço da operação do transporte público da estava sob intervenção municipal em
função de uma rescisão contratual com a CSN, uma das concessionárias que
operava ônibus na capital baiana.
"Tivemos
que executar diretamente esse serviço que é essencial, de forma própria e
extremamente complexa, que envolve gastos com combustíveis, peças, contratação
de profissionais. Hoje o transporte sobre pneus é deficitário, já vinha ruim
antes da pandemia e acabou sendo prejudicado ainda mais", afirmou Bruno
Reis.
Além de
provocar aumento de insumos e do preço dos ônibus, acrescentou, a crise
sanitária da Covid-19 causou redução significativa do número de passageiros.
"Salvador transportava 28 milhões de passageiros por mês antes da pandemia
e, hoje, transporta 15 milhões", comparou. "Nós, prefeitos, não temos
condições de assumirmos sozinhos essa responsabilidade. Em todos os países do
mundo há subsídio do transporte", pontuou Bruno Reis.
O chefe
do Executivo de Salvador voltou a defender a implementação do marco regulatório
do transporte público no país, mas que, de imediato, é necessário que a União
conceda um apoio emergencial. A medida será importante para diminuir,
inclusive, valores de reajuste da tarifa de ônibus que os municípios têm que
repassar para a população.
"Hoje,
os governos, tanto estadual, municipal e federal, precisam chegar um formato de
subsídio. Nós, prefeitos, estamos assumindo essa conta sozinhos e isso tem um
limite. No ano passado, foram R$ 96 milhões para o transporte de Salvador. A
cada ano essa conta aumenta", justificou.
Representante
do Ministério da Fazenda, Rogério Ceron ouviu as demandas dos gestores
municipais e se comprometeu, ao lado do ministro da pasta, Fernando Haddad, em
estudar espaço orçamentário para viabilizar subsidio do transporte público no
país.