divulgação (Foto: Reprodução TV Câmara Distrital)
Em depoimento à CPI dos atos golpistas, general
Heleno nega ter participado de plano de golpe
Heleno disse ainda que não passava de "uma brincadeira", o
áudio em que ele alega precisar tomar calmante para evitar que o ex-presidente
Bolsonaro tomasse "medidas mais drásticas" contra o STF
Em
depoimento à CPI dos
Atos Golpistas nesta quinta-feira (1º), o chefe do Gabinete
de Segurança Institucional (GSI) do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro
(PL), general Augusto Heleno, negou ter participado de plano de golpe.
Heleno disse ainda que não passava de "uma
brincadeira", o áudio em que ele alega precisar tomar calmante para evitar
que o ex-presidente tomasse "medidas mais drásticas" contra o Supremo
Tribunal Federal (STF) e que a fala foi retirada do contexto. A informação
é do portal G1.
Ao ser questionado sobre o que seria "medidas mais
drásticas", Heleno afirmou: "fazer um rompimento declarado com o
STF". Além disso, o ex-ministro alegou que houve uma série de atitudes do
Supremo que poderiam desagradar uma parte da população e o presidente.
"Mas eu falei de uma maneira amena. Ele [Bolsonaro], mesmo com a corda
esticando de um lado, manteve a tranquilidade", disse.
Um dos militares mais próximos de Jair Bolsonaro, o general
chegou a ser cotado para vice na chapa do ex-presidente. Ele participou da
elaboração do plano de governo de Bolsonaro no primeiro mandato e também
auxiliou na interlocução do então candidato com integrantes da cúpula das
Forças Armadas. De acordo com a Agência Brasil, ainda durante o depoimento,
Augusto Heleno garantiu que aconselhava Bolsonaro no sentido de não tomar
atitudes drásticas contra o STF.
A
CPI investiga o ataque aos três poderes no dia 8 de janeiro de 2023, realizado
por apoiadores radicais do ex-presidente Jair Bolsonaro. Desde o ataque, a
Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou 1.390
pessoas por atos antidemocráticos, sendo 239 no núcleo dos executores, 1.150 no
núcleo dos incitadores e uma pessoa no núcleo que investiga suposta omissão de
agentes públicos.