O presidente da Câmara Municipal de Salvador, vereador Carlos Muniz (PTB) (Foto: Rádio MB FM)
Carlos Muniz defende derrubada do veto do prefeito a projeto que
beneficia servidores da Câmara
O
presidente da Câmara Municipal de Salvador, vereador Carlos Muniz (PTB),
defendeu nesta terça-feira (07) a derrubada do veto do prefeito Bruno Reis
(União) ao projeto da Mesa Diretora da Casa que garante a incorporação ao
salário básico de servidores da Casa de vantagens salariais. O texto foi
aprovado no final do ano passado, ainda na gestão do ex-vereador e atual
vice-governador Geraldo Júnior (MDB).
“Defendo
a derrubada do veto não por confrontar o Executivo, mas por defender os
servidores da Câmara. Se eu pudesse votar, votava contra. Espero que os
servidores possam convencer os demais vereadores nesse sentido”, disse Muniz ao Política Livre.
Nesta tarde, haverá uma reunião entre Carlos Muniz e os líderes
para definir quando o veto será pautado, o que pode acontecer nesta
quarta-feira (08) ou na próxima semana. “Vou convidar um servidor da Casa para
participar da reunião para expor os motivos pelos quais o veto deve ser
derrubado”, afirmou o presidente da Câmara.
Na justificativa ao veto, o prefeito disse que a proposta é
inconstitucional. “Sob o aspecto formal, porque as matérias tratadas em seus
artigos, a exemplo do estabelecimento diferenciado na forma de cálculo dos
benefícios previdenciários, criação de obrigações ao órgão previdenciário não
previstas em seu ato regimental, alteração da base de cálculo para efeito de
contribuição previdenciária, entre outros, somente poderão ser objetos de lei
formal específica de iniciativa exclusiva do chefe do Poder Executivo, uma vez
que repercute diretamente nos servidores municipais inativos, independente do
Poder no qual encontram-se vinculados”, salientou.
Em ofício à Câmara, Bruno Reis declarou ainda que o projeto
carece de validade jurídica e contraria o interesse público, “posto que, sob o
pretexto de dispor sobre planos de cargos, vencimentos e carreira dos
servidores do Legislativo, alterou regras previdenciárias, o que somente
poderia ser objeto de Lei Complementar específica e de iniciativa exclusiva do
prefeito do município”.
Há outros dois vetos, estes parciais, enviados pelo Executivo e
que trancam a pauta da Câmara: o que trata da lei que estabelece regras de
concessão de acréscimos salariais a servidores efetivos do Legislativo,
proposta pela Casa; e o que versa sobre gratificações a dirigentes do
Executivo, no âmbito da proposta de reforma administrativa aprovada em dezembro
de 2022.e veto do prefeito a projeto que beneficia servidores da Câmara*