divulgação (Foto: Reprodução)
Bolsonaro ataca Moraes e chama autor de decisão contra empresários de
“vagabundo”
Ministro autorizou mandados de busca e apreensão contra oito empresários
que compartilharam mensagens golpistas
Ministro
do Supremo Tribunal Federal e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre
de Moraes foi chamado de ‘vagabundo’ pelo presidente Jair Bolsonaro (PL). Em
evento de mulheres no Rio Grande do Sul, no último sábado (3), o chefe do
Executivo se referiu a Moraes, sem mencionar seu nome, ao falar sobre a decisão
que autorizou a ação
contra os oito empresários bolsonaristas que estariam
conspirando contra a democracia em um grupo de WhatsApp.
"Não é porque tem um vagabundo ouvindo atrás da árvore a nossa conversa
que vai querer roubar a nossa liberdade. Mais vagabundo do que esse que está
ouvindo a conversa é quem dá a canetada após ouvir o que ouviu esse
vagabundo" disse Bolsonaro durante evento em Novo Hamburgo (RS).
O
novo ataque de Bolsonaro a Moraes acontece às vésperas dos atos de 7 de
setembro, convocados por apoiadores do presidente. Um esquema de segurança com
proporções inéditas já foi montado pelo governo do Distrito Federal para evitar
conflitos na manifestação.
“Pessoas
que querem fazer voltar ao governo um bandido. E para isso começam a atacar
algo que eu costumo dizer, é mais importante que a nossa própria vida, é a
nossa liberdade [...] Vimos há pouco empresários tendo a sua vida devassada,
recebendo vista da PF, estavam privadamente discutindo um assunto, que não
interessa qual seja o assunto. Eu posso pegar meia dúzia aqui, bater um papo, e
falar", disse o presidente.
A determinação Alexandre de Moraes, no último dia 23 de agosto,
ordenou que a Polícia Federal cumprisse mandados de busca e apreensão em
endereços de oito empresários
que compartilharam mensagens golpistas em um grupo de uma rede social.
Entre os alvos estão Luciano Hang, da Havan, José Isaac Peres, da rede de
shopping Multiplan, Ivan Wrobel, da Construtora W3, José Koury, do Barra World
Shopping, André Tissot, do Grupo Serra, Meyer Nigri, da Tecnisa, Marco Aurélio
Raimundo, da Mormai, e Afrânio Barreira, do Grupo Coco Bambu.