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"Tudo na política é um desafio permanente", diz Otto Alencar
Para senador, um dos principais
objetivos é ter a capacidade de atender aquilo que a população brasileira
precisa
O senador e pré-candidato à
reeleição Otto Alencar (PSD) afirmou, em entrevista com o editor-chefe do Portal M!,
Osvaldo Lyra, ao jornal A Tarde, que o maior desafio em assumir a candidatura à
reeleição está em ter a capacidade de atender àquilo que a população brasileira
precisa.
"Tudo na política é um desafio permanente. Eu sempre me
pauto com muito trabalho. Considero que o mandato é uma missão e todos os dias
você tem que ter disponibilidade para trabalhar, se dedicar dentro do
Parlamento a aprovar as matérias importantes que possam beneficiar a nossa
população, estudar todos os temas e ter a capacidade de apresentar alterações a
algumas legislações que são apresentadas pelo poder Executivo, ou que nascem
mesmo no Senado Federal, no sentido de atender àquilo que a população
brasileira precisa", ressaltou Otto.
O senador também lembrou de projetos importantes de sua autoria,
que foram aprovados ao longo de seu mandato. "Aprovamos uma proposta de
emenda constitucional de minha autoria. Relatei projetos no período da pandemia
para atendimento às vítimas da Covid-19 e aprovamos, hoje é uma lei. Enfim, o
trabalho nas comissões... Até porque no Senado não é só trabalho de Plenário,
tem o trabalho das comissões, e eu sempre fui muito ativo na participação de
todas as comissões que eu presidi ou participei", disse.
Pautas
importantes
O senador também falou sobre as principais pautas que deverão
dominar a agenda dos senadores a partir de janeiro do próximo ano. Para ele,
serão as relativas a defesa do meio ambiente, educação, saúde, cultura, emprego
e renda, além da ampliação da internet de qualidade à população. Na opinião
dele, são temas importantes, que foram "praticamente esquecidos".
"Nós vamos continuar lutando por temas que eu acho que são
importantes e precisam ser resolvidos ainda, porque foram praticamente
esquecidos agora. Defesa do meio ambiente, das bacias hidrográficas, sobretudo
do Rio São Francisco, da Floresta Amazônica, defender o meio ambiente como eu
sempre defendi é vital para as futuras gerações", ressaltou.
Além disso, Otto sinalizou que será necessário seguir lutando
pela educação e por mais recursos pela área de saúde, principalmente, ampliando
os recursos do Sistema Único de Saúde (SUS) como meta para atender à população
que não dispõe do seguro privado, além de ajudar a aprovar matérias que possam
estar relacionadas com a geração de emprego e renda.
"Defender o trabalhador nas suas garantias previdenciárias
e também na consolidação dos direitos trabalhistas, como sempre o fiz. Votar e
estimular, como o presidente Lula falou, recriar o Ministério da Cultura. O
Brasil não pode ficar, não pode ser um apagão como foi agora no setor cultural.
E também a expansão da banda larga pelo país para que todos possam ter acesso a
internet rápida e de boa qualidade", defendeu.
Além disso, Otto também afirmou que uma pauta principal é
proceder dentro da ética. "Ser um político como eu tenho sido... Um
político dentro dos limites da lei, do que circunscreve a lei, sem cometer
nenhum ato que não seja justo, honesto, correto, decente, como deseja o povo
baiano, como é a cultura do meu povo", disse.
Combustível
O senador também se manifestou sobre a isenção dos tributos que
incidem sobre o alto custo do combustível atualmente. Segundo ele, "todo
brasileiro e todo político" querem a diminuição da carga tributária, mas
criticou a postura do governo federal, de adotar a medida apenas a três meses
da eleição.
"O governo veio trabalhar e encaminhar para o Congresso
faltando três meses para a eleição, a redução tributária em uma manifestação
clara de que o Presidente da República deseja de última hora, fazer a defesa da
redução da carga tributária, quando já deveria ter feito isso lá atrás, há
muito tempo que nós clamamos por isso", afirmou.
De acordo com Otto, haverá sempre apoio a esses temas, para
reduzir não apenas os custos dos combustíveis, como também de alimentos. Ele
afirmou também, que votou a favor da medida, mesmo sabendo que poderia ter sido
feito há muito tempo atrás.
"O que esperamos é que possa se encaminhar ao Congresso uma
reforma tributária que diminua a carga tributária para o consumidor, lá na
ponta, e dê também condições às empresas de trabalharem para gerar emprego e
renda. Nós estimulamos que o governo, através do BNDSS, Banco do Brasil, Banco
do Nordeste, apresente condições de financiamento para que as empresas possam ampliem
suas ações e plantas de produção, porque quando amplia, emprega. Quando
emprega, tem salário, tem carteira assinada. Quando tem salário, tem compra,
tem aquecimento do mercado interno", ressaltou.
Reforma
Eleitoral
Otto afirmou também, que defende a reforma da Lei Eleitoral.
Para ele, o Congresso deveria tomar essa posição e realizar eleições gerais,
estendendo o mandato para cinco anos.
"O Brasil não vai suportar ter eleição de dois em dois
anos. Termina a eleição de governador, começa a se falar em eleição de
prefeito. Essa é uma reforma super importante, que o governo possa encaminhar
no seu primeiro ano. Reforma dessa abrangência só dá para fazer no início da
gestão", disse.
Por fim, o senador e pré-candidato à reeleição afirmou que, irá
esperar que a eleição seja o que ele pensa e defende, seja "a festa da
democracia", e que ocorra dentro dos limites da lei, com os candidatos
colocando suas propostas, respeitando uns aos outros.
"Com respeito dos temas que serão defendidos. Eu sempre
procuro fazer as minhas campanhas em alto nível. É momento de muita tensão
política, causada até pela própria postura do presidente, que sempre coloca
posições de costume contra os seus adversários que pensam diferente do que
ele pensa, e pensar diferente, a democracia respalda, a democracia dá condição,
a liberdade dá condição, o Estado Democrático de Direito dá condição. E que o
povo baiano, o povo brasileiro possa escolher livremente, de forma soberana
aquele que eles acreditam que possa ser o seu representante", concluiu.