
divulgação (Foto: Reprodução / Youtube)
Bolsonaro
diz que coloca 'mão no fogo' por ex-ministro e prisão não teve 'materialidade'
O
presidente Jair Bolsonaro (PL) indicou que "coloca a mão no fogo"
pelo ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro e que não existiu
"materialidade" para a prisão do ex-chefe do MEC. Bolsonaro
participou de live, nas redes sociais, nesta quinta-feira (23), direto de
Caruaru, Pernambuco.
"Eu falei lá atrás que colocava a cara por ele,
exagerei, mas coloco a mão no fogo. Conheço meus ministros, dificilmente alguém
vai cometer um ato de corrupção. O Milton é pastor, aquela coisa de dois
pastores. O que ele fez, me procurou e falou, que foi na CGU para ficar de olho
nesses dois colegas que estão com atitude suspeitas. A CGU começou investigar o
caso a pedido. A Polícia Federal pegou o relatório e começou a investigar. O
assunto foi para um juiz de primeira instância, tão logo apareceu uma conversa,
o Milton falou publicamente, que atendeu todos os prefeitos e preferencialmente
os indicados pelo pastor tal, nada demais", disse o presidente.
Bolsonaro ressaltou que a PF teria levado em conta o
que a CGU apurou, justamente a pedido do ex-ministro Milton. "O processo
está em segredo de justiça, fiquei sabendo que a PF na casa do Milton,
constrangedor, eu fiquei chateado. A imprensa quis colar em mim a imagem de
corrupto. Foi impetrado o habeas corpus e levantado o sigilo",
indicou.
O presidente também indicou uma possível suspeição
do juiz que determinou a prisão de Milton Ribeiro. "O juiz foi o mesmo que
ano passado que deu uma liminar, cada vez que me vissem na rua sem máscara me
multar por dois mil. Várias outras ações, inclusive contra o Sérgio Camargo,
também uma pancada nele. Aços contra o governo, não é competência dele. O
ministério público de Brasília foi contra a prisão. Geralmente o juiz segue
isso. Não tinha indícios de provas, talvez levantados pelo Coaf, não sei se um
depósito na conta da esposa ou filha, que foi para a compra de um carro",
disse.
"Qual o problema? É uma movimentação atípica.
Mas ali é uma compra de um carro, não tinha materialidade na prisão do Milton,
mas serviu para desgastar o governo. Se tiver algo de errado na vida dele, ele
é responsável. Mas não posso fazer de forma leviana. Nem deveria ter sido
preso", acrescentou Bolsonaro.