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PEC que reduz
alíquota do INSS das prefeituras começa a tramitar na Câmara dos Deputados
A PEC da Redução da Alíquota Patronal do INSS
das prefeituras conquistou, na tarde desta quarta-feira (1), as 171 assinaturas
necessárias para iniciar a tramitação. A matéria recebeu a numeração de PEC
14/2022 e passa a ser analisada pela Câmara dos Deputados. A proposta foi
articulada pela União dos Municípios da Bahia (UPB).
O
presidente da UPB e prefeito de Jequié, Zé Cocá, ressaltou que a união das
prefeitas e prefeitos baianos fez a diferença na pressão aos parlamentares e
será fundamental para consolidar essa conquista municipalista. “Precisamos
agradecer ao deputado Cacá Leão que abraçou nossa causa e foi o autor da PEC e
a todo apoio que tivemos das Associações Municipalistas do Norte e Nordeste e
do movimento municipalista nacional, através da CNM. A redução da alíquota
previdenciária é uma questão de sobrevivência para os municípios, que nos
últimos anos perderam a capacidade de investimento e ficaram endividados com a
previdência. Agora vamos lutar fortemente para aprovar no Congresso”, pontuou o
líder municipalista baiano.
A Mobilização da proposta teve início durante a primeira reunião
virtual, em abril de 2021, organizada pela UPB, com as Associações do Norte e
Nordeste e apoiada pela Confederação Nacional de Municípios (CNM), se tornando
pauta nacional durante as mobilizações em Brasília. A PEC 14/2022, que prevê a
redução da alíquota patronal do INSS pela metade, com retenção na fonte,
significa um alívio para os municípios que, com o passar dos anos, foram
obrigados a aumentar os gastos com o índice de pessoal para manter a qualidade
dos serviços públicos ofertados. Há duas décadas, os municípios gastavam em
torno de 40% ou menos de índice de pessoal, esse percentual hoje passa dos 60%.
O
deputado federal Cacá Leão, autor da PEC da Redução da Alíquota, detalhou o
trâmite que a proposta seguirá a partir de agora. “Com a finalização das
assinaturas a PEC será instalada em uma comissão especial para poder seguir o
rito na Câmara. Vou pedir ao presidente Arthur Lira que ele agilize esse
processo para que a gente consiga aprovar na Câmara dos Deputados o quanto
antes”, explicou.
Um estudo realizado pela UPB mostra que as prefeituras conseguem
arcar hoje, em média, com 7,5% de alíquota. O restante é acumulado em uma
dívida impagável. Os municípios pagam uma das contribuições previdenciárias
mais altas aplicadas a empregadores no Brasil, fixado em 22,5%.