divulgação (Foto: Reprodução/Agência Brasil)
Campanha de Lula quer usar Alckmin para atrair tucanos após desistência
de Doria
Articulação começou logo após o anúncio da renúncia do tucano à corrida
presidencial
Vice na chapa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na
corrida ao Palácio do Planalto, o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB) deverá
atuar na conquista do apoio de tucanos já no primeiro turno da disputa
presidencial.
Essa é a aposta de integrantes
da coordenação da pré-campanha de Lula após a desistência do ex-governador João
Doria (PSDB).
Segundo esses colaboradores, a
expectativa é que setor importante do PSDB irá aderir à candidatura da dupla,
graças a um movimento encampado por Alckmin, que foi chamado de "vice dos
sonhos" pelo ex-presidente, na tarde desta segunda-feira (23), durante
reunião com dirigentes de partidos aliados.
"Se vocês encontrarem um
vice dos meus sonhos é o Alckmin", afirmou Lula, durante o encontro,
segundo relato de alguns dos presentes.
Além de Alckmin, a expectativa
é que o ex-ministro Aloysio Nunes Ferreira busque apoio no tucanato. Na
avaliação de um integrante da cúpula petista, "a saída de Doria abre a
porteira e acelera este movimento".
Aloysio Nunes diz, no entanto,
ser importante que o próprio Lula defina como será essa articulação.
"Não estou tentando
angariar apoio de tucanos ao Lula. Acho necessário esperar que o próprio
candidato diga como pretende ampliar sua campanha para além da coligação que
lançou a chapa Lula/Alckmin", afirmou.
Minutos após saber da
desistência de Doria, Lula afirmou que conversará com todos os setores sociais.
Em reunião com dirigentes
partidários, o petista disse que ninguém gosta mais de diálogo do que ele. O
ex-presidente citou o agronegócio, o mercado financeiro e o empresariado como
exemplos de setores com os quais está disposto a conversar.
Segundo o deputado Ivan Valente,
presente na reunião, Lula disse que sempre dialogou e vai continuar dialogando,
mas vai falar olho no olho com o trabalhador.
Coube à presidente do PT,
deputada Gleisi Hoffmann, informar aos participantes da reunião da desistência
de Doria, segundo ela, por ter se isolado no partido.