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"O ITIV em Salvador tem sido absurdo desde 2013. Temos que
mudar", diz Edvaldo Brito
Vereador de Salvador e tributarista, Edvaldo Brito deu entrevista nesta
quinta-feira (5) na Rádio Metropole
Vereador
de Salvador e tributarista de renome, Edvaldo Brito, 81 anos, deu entrevista
nesta quinta-feira (5) a Mário Kertész, na Rádio
Metropole, e falou sobre a comissão da qual foi convidado
para examinar o processo administrativo e tributário. O convite foi do
presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, e do presidente do
Senado, Rodrigo Pacheco (PSD). São apenas 20 juristas de notório saber que
fazem parte da comissão e Brito é o único baiano
"Na
próxima terça-feira já vamos começar a ter reuniões para definir questões
fundamentais desses processos. Precisamos agilizar os processos para que
funcionem da maneira correta. Acredito que os Estados Unidos da América do
Norte são o que são porque tem um judiciário funcione. Nosso projeto é levar
essas ideias para que os processos se comuniquem, entre município, estado e
união", disse.
Brito
também falou sobre o Imposto de Transmissão Inter Vivos (ITIV) — tributo de
competência dos municípios, que incide sobre operações de transmissão de bens
imóveis entre vivos de forma onerosa. O vereador tem uma luta histórica para
mudar a forma de cobrança que a prefeitura pratica. Ele apresentou um projeto
na Câmara de Vereadores neste intuito.
"Em 2013, tinha um secretário chamado Mauro Ricado,
importado lá das profundezas dos infernos. Esse homem fez um arraso na cidade e
tornou o imposto uma coisa horrorosa. Como é que vou pagar o imposto de
transmissão na sentada? O terreno sem fazer nada, não tá transmitindo nada e já
tem cobrança? Eu ensinava uma coisa na sala de aula e como vereador tinha que
aceitar essa forma que a prefeitura tinha inventado? Não aceitei! Agora,
o STJ deu uma decisão que concordou com o que disse: 'o imposto só pode
acontecer quando tem transmissão de uma mão para outra'. Agora apresento
esse projeto para mudar essa forma de cobrança, além também desse valor que tem
sido praticado em cima do valor venal do imóvel", pontuou.
Brito ainda disse que, caso seu projeto não seja aprovado na CMS, não vai
judicializar a questão. "Não dá para perder no legislativo e sair correndo
como um cachorro para judicializar a questão. É um desrespeito com nosso
eleitor e sobretudo com os legisladores. Se perder, vou para rua conversar com
a população. Mas, judicializar não", disse.