divulgação (Foto: Reprodução)
Santos
não esclarece se Bolsonaro cumpriu protocolo da Covid-19 para ir à Vila
Presidente Bolsonaro foi ao estádio
para assistir à partida da equipe contra o Coritiba
A
aparição do presidente Jair Bolsonaro (PL) na Vila Belmiro neste domingo
(17) para a partida entre Santos e Coritiba, pela segunda rodada do Campeonato
Brasileiro, pode ter infringido o protocolo de saúde estipulado
pelo governo estadual.
Para
ter acesso ao estádio, é exigida a apresentação de quadro vacinal completo
contra o coronavírus –seja por duas doses ou dose única– ou testes negativos do
tipo antígeno ou RT-PCR. Sem ter tomado qualquer vacina contra Covid-19, ainda
não se sabe como foi avalizada a entrada do político.
Procurada
pela Folha, a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) disse que a logística de
entrada e posicionamento no estádio cabe somente ao clube mandante e que as
exigências para acesso estão relacionadas ao protocolo sanitário local.
O
Santos, por sua vez, não respondeu aos questionamentos enviados pela reportagem
desde a manhã de sábado (16). O governo estadual também não se manifestou sobre
o ocorrido.
Bolsonaro chegou às 10h20 ao estádio
neste domingo. O político optou por vir de carro, acompanhado de grande
comitiva e da segurança presencial. No caminho, ainda parou para cumprimentar
apoiadores na balsa entre Santos e Guarujá.
O plano
inicial era para que pousasse de helicóptero no campo da Portuguesa Santista,
clube localizado a menos de 1 km de distância da Vila Belmiro, e seguisse para
o estádio.
Antes
do jogo começar, ao ser notado no camarote do presidente do clube, a maior
parte da torcida dirigiu ofensas e vaias ao presidente, enquanto outros
gritavam "mito".
Durante
a venda de ingressos para o confronto com o Coritiba, o Santos informou em seu
site que "torcedores que não apresentaram a documentação e/ou se
recusarem, antes ou durante o jogo, de cumprir as medidas estabelecidas, não
serão admitidos no estádio e/ou serão retirados".
A
rejeição à ida do político ao estádio foi declarada pela principal organizada
da equipe, a Torcida Jovem. Dois dias antes do confronto, pelas redes sociais,
os torcedores disseram que o político não era bem vindo e declararam que a
visita tinha cunho político, como uma "manobra em busca de apoio às custas
da paixão".
A
segunda visita de Bolsonaro ocorreu em 28 de dezembro de 2020, quando
participou de um amistoso beneficente com atletas, ex-atletas, dirigentes e
músicos.
Ele
ficou alguns minutos em campo e comemorou um gol fazendo o gesto de armas com
as mãos, popularizado durante sua campanha à presidência.