divulgação (Foto: Priscila Melo / Bahia Notícias)
'Preferia que
fosse uma mulher', diz Lídice sobre vice; PSB quer suplência ao Senado
A deputada federal
Lídice da Mata, também presidente estadual do PSB, revelou que preferiria que o
nome para vice-governador na chapa de Jerônimo Rodrigues (PT) fosse uma mulher.
A chapa será composta por Geraldo Jr. (MDB), presidente da Câmara de Vereadores
de Salvador, após o partido sinalizar apoio à candidatura. Lídice também
pontuou ao Bahia Notícias que deseja a legenda ocupar a suplência ao
Senado na disputa eleitoral.
"Geraldo é o presidente da Câmara. A chapa
precisava de alguém que tivesse uma relação maior com Salvador e a região
metropolitana. Preferia que fosse uma mulher. Não houve a possibilidade da
composição. A culpa é da política, do machismo na política que ainda permanece
de maneira profunda. Todos acham natural que não tenha uma mulher na chapa. É
natural na vida, entre aspas. Os espaços de poder político não são lugares que
as mulheres são vistas. As regras da sociedade colocam a mulher em um
outro lugar", comentou.
Apesar da preferência por um nome
feminino, a deputada revelou que “em nenhum momento" o nome dela foi
cogitado para ocupar a vaga na majoritária (relembre aqui). "Essa
história rolou na imprensa baiana. O senador Jaques Wagner nunca falou comigo.
Não sou só eu que poderia ocupar esse lugar. Temos mulheres valorosas na
política", disse.
Ainda pendente de indicação e com a sinalização do
PCdoB para ocupar o espaço na suplência ao Senado (veja mais), que terá Otto
Alencar (PSD) tentando a reeleição, Lídice pontuou que o PSB também deseja a
vaga. "O PSB tem interesse nessa posição. O PCdoB já tem um indicado, tem
um suplente de Coronel e o PSB o de Wagner. Temos uma posição equiparada na
política baiana, em termos de tamanho e expressão política. É legítimo que o
PCdoB dispute e o PSB também", acrescentou.
SEM INCÔMODO COM O MDB
Recém-chegado ao grupo político,
apesar de já ter participado do arco de apoio do governo durante o primeiro
governo Jaques Wagner (PT), o MDB não é um incômodo para Lídice. De acordo com
a deputada, o partido estava "até agora pouco no governo de ACM
Neto".
"Apoiou o governo [gestão ACM
Neto] e ninguém falou sobre isso. Quando vem para cá, existe um destaque na
questão. São personagens, e quando mudam de lugar, mudam o foco. A política
brasileira e na Bahia tem perdido algumas fronteiras. Nós já estávamos
discutindo isso, a esquerda passou esses anos todos com o PP, tenho bons
amigos, mas que era Bolsonaro em Brasília e Lula na Bahia. Queríamos que
continuasse, pois fortalece. É necessário discutir na Bahia algumas alianças,
mas as alianças tem algumas referências de pragmatismos que são dispensáveis.
Quando o MDB saiu do governo de Wagner, o PP veio", completou.