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Proposta da UPB
de reduzir a alíquota do INSS dos municípios ganha reforço nacional
Foi
realizada na manhã desta quarta-feira (16) uma reunião de articulação a da
Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que prevê a redução da alíquota do INSS
patronal dos municípios pela metade. O encontro, organizado pela União dos
Municípios da Bahia (UPB), contou com a presença dos presidentes das
associações municipalistas estaduais do Norte e Nordeste.
O autor da proposta, deputado federal pela Bahia Cacá Leão,
detalhou o rito que a matéria seguirá na Casa Legislativa. “Temos 74
assinaturas, precisamos de 171 para iniciar a tramitação, ir à admissibilidade
da CCJ e depois formar uma comissão especial. O governo tem trabalhado contra a
matéria, porque entende que é perda de receita. Então, o nosso apelo é para que
os prefeitos nos ajudem nessa colheita das assinaturas”, pontuou Cacá. O
parlamentar ressaltou ainda que não vê dificuldade de tramitação, mas será
necessário sensibilizar o governo quanto ao ganho com a adimplência, uma vez
que a redução da alíquota vai permitir que os municípios de fato arquem com a
despesa e não acumulem dívida com a previdência.
O presidente da UPB e prefeito de Jequié, Zé Cocá, destacou o
peso do apoio da CNM e das entidades municipalistas de todo o Brasil para
pressionar o Congresso Nacional e o governo federal pela aprovação da PEC.
“Acredito que não é uma pauta exclusiva da Bahia, é de todo o Brasil e dos
municípios do Norte e Nordeste, que têm uma receita menor, sofrem ainda mais.
Agradeço o presidente Paulo por acolher a proposta. É nos unindo que a gente se
fortalece. Vamos mobilizar os nossos deputados para sensibilizar o Congresso e
o governo dessa pauta que é primordial. É uma questão de sobrevivência. Os
municípios 0.6, 0.8, não conseguem pagar os 22,5% da alíquota cheia e a
tendência é inviabilizar as gestões”, frisou Zé Cocá que também agradeceu a
parceria do deputado Cacá Leão com a UPB na elaboração do texto da PEC.
O texto da PEC foi elaborado colaborativamente pela UPB e o
gabinete do deputado Cacá Leão. Entre os argumentos está o impacto na despesa
com pessoal que as prefeituras vêm tendo, desde a década de 1990 quando
os municípios passaram a ser executores de diversas políticas públicas, sem o
crescimento proporcional da receita. Os municípios também alegam que a
Lei 8.212 impõe uma taxação que não condiz com a atuação do ente que não aufere
lucro e oferece serviços à sociedade.
O presidente da CNM parabenizou a UPB pela iniciativa. Ziulkoski
afirmou que “essa é uma pauta de todos os municípios do Brasil porque está
insustentável a situação”. Ele disse que a confederação assumirá a articulação
em defesa da redução da alíquota e que irá, através do Conselho Político da
entidade, pautar com as associações de todos os estados para mobilização dos
deputados federais na coleta de assinaturas para que a PEC comece a tramitar.
“Nós estamos acompanhando a iniciativa baiana com muito afinco. Esse assunto
permeia os 5.570 municípios e envolve todo o Brasil, não pode ficar segmentado,
trabalhamos sempre no sentido da unidade nacional. A CNM vai assumir essa
pauta, nossa equipe técnica vai trabalhar e fazer uma articulação bem feita a
nível nacional”, reforçou Ziulkoski ao acrescentar que a PEC da redução da
alíquota será incluída na pauta prioritária da Marcha a Brasília, que ocorrerá
em abril.