
divulgação (Foto: Reprodução)
CPI da Coelba:
Sem tomada de decisão de oposição e governo, futuro segue incerto
Proposta desde
novembro do ano passado, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que visa
investigar denúncias contra a Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia
(Coelba) através da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), segue sem rumo.
Enquanto oposição e governo parecem esperar uma tomada de iniciativa de um dos
lados, as promessas de agora apostam em uma reunião na próxima semana para que
líderes da base discutam com a presidência e definam quais serão os
encaminhamentos.
Ao Bahia Notícias, o presidente da
casa, deputado Adolfo Menezes (PSD), explicou que já determinou a abertura da
CPI, mas que não depende dele as indicações dos nomes que irão compor a
Comissão. “É uma discussão em que a oposição tem que indicar o relator ou
presidente que são os dois principais cargos e o líder da maioria, que é o
deputado Rosenberg acha que a oposição pelo número de deputados que tem, não
tem direito. Aí Sandro Regis, líder da oposição, disse que não quer. Que
neste caso, [significa] indicar ninguém. Então está essa celeuma. Vamos esperar
que eles sentem e resolvam”, disse.
Líder do governo na Assembleia, o
deputado Rosemberg Pinto (PT) jogou a bola para a oposição que "até
agora não apresentou os nomes". De acordo com o parlamentar, nesta
quarta-feira (16), uma reunião com os líderes da base do governo deverá
discutir o futuro da Comissão.
“Espero que a gente chegue a um
bom termo. É preciso ver regimentalmente se tem prazo suficiente. Quando ela
não instala, tem um prazo para quarta-feira na reunião dos lideres a gente
definir. Eu estimulei todos os deputados que me perguntavam se deveriam
assinar, eu disse que sim. Não há nenhuma alteração de percursos. O governo fez
seus questionamentos à Coelba com relação ao atraso de diversos seguimentos e,
a partir daí, construímos um canal de discussão com a Coelba, mas acho que não tem
nenhum problema em ter a CPI”, pontuou Rosemberg.
Nesta mesma linha, só que do
outro lado da corda, o líder da oposição, deputado Sandro Régis (DEM), jogou a
bola para a situação. Destacando que não há CPI sem proporcionalidade, ele
espera uma iniciativa do governo. “[Essa proporcionalidade] consiste no governo
indicar a presidência e a oposição ficaria com a relatoria, ou o governo
indicar a relatoria e presidência [da CPI] ficaria com a oposição. Estamos
esperando o governo fazer o que ele quer. No momento em que o governo decidir o
que quer ocupar, a oposição ocupa a segunda pedida”, disse.
Ainda de acordo com Régis, “o que
não pode, é o governo ficar com a presidência e a relatoria. Não tem mistério.
Estamos prontos, agora toda CPI tem que ter a equidade. A oposição ter o tamanho
dela e o governo, o dele”, ponderou.
Propositor da Comissão, o
deputado Tum (PSC) contou ao Bahia Notícias que na última quarta-feira houve a
primeira reunião presencial com o presidente da Assembleia onde foi cobrada a
indicação dos nomes. “A oposição, através do líder Sandro Régis sentou comigo e
disse que não vai participar e que vai retirar os nomes porque eles pleiteavam
ficar na presidência então da nossa parte a CPI vai acontecer, só estamos
aguardando a indicação do relator e do presidente”, disse Tum. No entanto, o
posicionamento foi negado pelo líder da oposição. Ainda de acordo com o
deputado, a CPI sairá. “Eu tenho apertado aqui o presidente da casa e
Rosemberg, para que a CPI aconteça. Se a CPI vai tirar os nomes, que eles
indiquem os nomes para que seja instalada a CPI”, disse.