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Jaques
Wagner diz que federação de MDB e União Brasil frustra planos de aliança
Wagner está convicto que se os dois
partidos formarem a federação, a decisão nacional irá prevalecer
O senador Jaques Wagner (PT), pré-candidato ao Governo da
Bahia, afirmou nesta sexta-feira (4) que caso seja concretizada a proposta de
federação partidária entre MDB e União Brasil, encerraria de vez a negociação
do PT com a sigla para uma aliança no estado.
Diante desta incerteza, Wagner está convicto que se os dois partidos
formarem a federação, a decisão nacional irá prevalecer e minar qualquer chance
de apoio do MDB à sua candidatura.
"Se vier a ocorrer essa federação, evidentemente que MDB terá que
caminhar com União Brasil aqui também, ou pelo menos não poderá
ter outro candidato", disse o petista, em conversa com o BNews durante
abertura dos trabalhos do judiciário e posse do novo presidente do Tribunal de
Justiça da Bahia, o desembargador Nilson Soares Castelo Branco, no Fórum Ruy
Barbosa.
"Acho que ainda é cedo, a data para fechar isso é 30 de março com
fim da janela partidária. Outras federações faladas não se concretizaram, como
a nossa com PSB, PCdoB, é esperar para ver. Mas não tem o que fazer, se for
decisão nacional do MDB e União Brasil, fica vinculado aqui na Bahia",
complementou.
TRANSPARÊNCIA
Ex-governador da Bahia, Wagner parabenizou Castelo Branco por assumir o
TJ e lembrou que o desembargador foi indicado para compor o Quinto
Constitucional dos Advogados em seu governo.
Jaques Wagner disse que é preciso defender um judiciário
"transparente" para fortalecê-lo como um importante "mantenedor
da democracia".
"Espero que aqui, inspirado em Ruy Barbosa, nosso judiciário possa
cada vez mais ser valorizado", declarou.
MARCELO NILO
Após ser alvo do deputado federal
Marcelo Nilo (PSB), que se movimenta para sair do partido e da
base do governo Rui Costa (PT) e integrar o grupo de ACM Neto (DEM),
pré-candidato ao governo da Bahia, Wagner diz que vai evitar comentar sobre o
assunto.
O senador lamentou que o antigo aliado tome as suas declarações como
"ofensivas".
"A história dele é uma história respeitável, positiva, não coloquei
nada da família dele [...] mas prefiro não opinar mais nada, toda vez que tento
indicar uma coisa que pode ser o caminho, é tomado como ofensivo",
lamentou.
A rusga, contudo, não deve interferir na relação de Wagner com o genro
de Nilo, o deputado estadual Marcelinho Veiga
(PSB).
"Interesse tenho [em sua permanência na base], é um jovem que em
pouco tempo se afirmou na Alba, tem postura, sabe conversar, entrar e sair. É
uma decisão muito pessoa dele, se for de sair, como tem vinculação familiar eu
não posso me meter e ser mal interpretado", ponderou.