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Líder dos governadores, Wellington Dias afirma que criação de fundo
levaria gasolina a R$ 5
Segundo ele, a medida protege a
população da inflação dos combustíveis
O coordenador do Fórum dos
Governadores e ex-presidente do Consórcio Nordeste, Wellington Dias (PT-PI)
afirma que a proposta do governo Jair Bolsonaro de incluir o Imposto sobre
Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), na PEC, com o intuito de reduzir o
preço dos combustíveis, do gás e da energia elétrica no país é mais uma
tentativa de transferência de responsabilidade.
De acordo com o governador do Piauí, a medida pode tirar cerca
de R$ 27 bilhões de estados e municípios, desequilibrando suas contas. Ele
afirma também que, como 2022 é ano eleitoral, existem impedimentos
constitucionais para as alterações pensadas pelo governo.
Como alternativa, ele defende a criação de um Fundo de
Equalização dos Combustíveis, proposta que atualmente tramita no Senado e que,
segundo ele, pode ser votada em fevereiro. "São receitas de royalties e
participação especial, e aqui entram receitas dos estados e municípios, taxação
sobre exportação de petróleo e distribuição de lucro e dividendo da
Petrobras", pontuou.
"É um fundo a partir de receitas da própria cadeia
produtiva do petróleo. O Brasil é produtor de petróleo. Além de seu consumo,
exporta. Nessa exportação, [deve] ter uma tributação que permita as condições
de uma receita. Além dela, a Petrobras gera lucro. Sobre o lucro tem a
distribuição sobre lucro e dividendos. Aqui quem ganha também tem que pagar uma
tributação que também forma o fundo de equalização", detalhou o petista.
"Também [tem que ter tributação] sobre royalties e
participação municipal. Na prática, com essa proposta teremos uma redução de ao
menos R$ 2 do combustível, e de forma definitiva", completa.
Segundo ele, a implantação desse fundo geraria impacto imediato,
reduzindo a gasolina de R$ 7 para R$ 5. Seria, segundo Dias, um instrumento
para que o governo federal possa proteger a população da inflação nos
combustíveis.
"Diferente das outras propostas que são enganação, pois tem
uma ligeira queda nos preços mas volta a crescer de novo, como ocorreu quando
adotamos a medida do ICMS", completou.