divulgação (Foto: Reprodução)
Lira
cobra do Senado solução para baixar gasolina e diz que governadores miram
eleição
Arhur Lira culpou o
Senado e os governadores pelos altos preços dos combustíveis
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL),
usou as suas redes sociais neste domingo (16) para culpar o Senado e os
governadores pelos altos preços dos combustíveis. Também disse que os
chefes dos executivos estaduais cobram agora soluções visando às eleições de
outubro deste ano.
Lira escreveu que a Câmara dos Deputados chegou a aprovar uma proposta que alterava regras para a mudança da cobrança do ICMS (Imposto
sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) para segurar a alta nos preços, mas
a proposta acabou engavetada na Casa legislativa vizinha.
A manifestação acontece após os estados anunciarem que vão descongelar o
valor do ICMS cobrado nas vendas de combustíveis, marcado para o final deste
mês. Dessa forma, o descongelamento do imposto deve acontecer como previsto
inicialmente, em 31 de janeiro.
A escalada de preços virou um dos principais problemas para o presidente Jair Bolsonaro (PL), que reiteradamente afirma
que tributos locais contribuem para a alta. O preço dos combustíveis, no
entanto, segue a paridade internacional. Quando o petróleo sobe, o preço sobe,
e vice-versa. Além disso, o dólar, hoje em alta, impacta nos valores.
"A Câmara tratou do projeto de lei que mitigava os efeitos dos
aumentos dos combustíveis. Enviado para o Senado, virou patinho feio e Geni da
turma do mercado", escreveu o presidente da Câmara dos Deputados.
"Diziam que era intervencionista e eleitoreira. Agora, no início de
um ano eleitoral, governadores, com Wellington Dias à frente, cobram soluções
do Congresso. Com os cofres dos Estados abarrotados de tanta arrecadação e
mirando em outubro, decidiram que é hora de reduzir o preço", completou.
O deputado ainda acrescentou que os governadores haviam apresentado
resistência a reduzir as alíquotas do ICMS. E concluiu jogando a
responsabilidade final ao Senado.
"Podiam ter pressionado ainda ano passado. Por isso, lembro aqui a
resistência dos governadores em reduzir o ICMS na ocasião. Registro também que
fizemos nossa parte. Cobranças, dirijam-se ao Senado", escreveu Lira.
Pacheco e o governador do Piauí, Wellington Dias (PT), foram procurados,
mas não se manifestaram até a publicação dessa reportagem.