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Bolsonaro volta a atacar sistema eleitoral: 'Era para ter ganho no
primeiro turno'
Apesar da fala, presidente já admitiu não ter evidências de supostas
irregularidades na eleição de 2018
O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a
atacar, mesmo sem provas, o sistema eleitoral brasileiro. O novo ataque
encerra uma treǵua estabelecida com o Judiciário após os atos antidemocráticos
do 7 de setembro do ano passado. Bolsonaro disse que deveria ter vencido a
eleição de 2018 no primeiro turno, "se fossem eleições limpas". O
próprio presidente, no entanto, já admitiu não ter provas das supostas
irregularidades que teriam ocorrido em 2018.
“Quis
Deus que, sobrevivendo a uma facada de um integrante do PSOL, também
conseguisse, sem partido, partido muito pequeno, sem marqueteiro, sem
televisão, ganhar umas eleições. Que era para ter ganho no primeiro turno, se
fossem eleições limpas no primeiro”, disse Bolsonaro, durante evento em Macapá
(AP).
As
suspeitas levantadas por Bolsonaro contra o sistema eleitoral já o fizeram ser
investigado em dois inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF) e em um
inquérito administrativo no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Na
quarta-feira (12), Bolsonaro já havia atacado dois ministros do STF, Alexandre
de Moraes e Luís Roberto Barroso, questionando "quem eles pensam que
são".
Em
2021, o presidente passou semanas colocando em dúvida a segurança das urnas
eletrônicas. O ápice ocorreu em uma transmissão ao vivo, realizada em julho, na
qual ele prometeu apresentar provas de fraudes. Entretanto, ele admitiu que
tinha "indícios" e "suspeitas", a maioria deles baseados em
vídeos antigos já desmentidos pelo TSE.
Bolsonaro
usava as alegações para defender a adoção de um sistema de impressão de um
comprovante do voto. Um projeto com esse teor, no entanto, foi rejeitado pela
Câmara.