Divulgação (Foto: Agência Brasil)
Sob
gestão de Aras, PGR segura 330 processos e emperra decisões do STF
Aparentemente, não há critérios para que uma causa fique ou não
engavetada por mais tempo
A PGR (Procuradoria-Geral da República)
guarda 330 processos do STF (Supremo Tribunal Federal) e, em alguns casos,
atrasa a tramitação e o julgamento das causas. O número foi obtido pela coluna
da jornalista Carolina Brígido, do portal UOL, a partir de dados públicos do
Supremo.
Segundo
a publicação, estão sob a tutela de Augusto Aras processos em que o tribunal
pediu um parecer para o órgão máximo do Ministério Público, ou apenas enviou os
autos para conhecimento.
A
coluna encaminhou os 20 processos que estão há mais tempo na PGR, e a
assessoria de imprensa contestou os dados do Supremo. Segundo a PGR, da lista
apresentada, apenas dois ainda estavam no órgão. A inconsistência pode ter sido
causada por causa dos métodos diferentes de registro da PGR e do STF. A PGR não
tem um levantamento de quantos processos do Supremo estão lá hoje.
Na
maior parte das ações, a PGR ainda está dentro do prazo estipulado para a
devolução do processo. Mas, em algumas situações, o tempo de devolução das
ações é longo. Na lista, existem 20 ações que foram repassadas ao órgão entre
2019 e 2020. O restante é deste ano.
Aparentemente, não há critério para deixar uma causa emperrada
por mais tempo. São assuntos variados e tipos de processos diferentes. Na lista
dos que estão há mais tempo na PGR, o recordista é um mandado de segurança que
foi enviado para o órgão em fevereiro de 2019. O relator atual é o ministro
Kassio Nunes Marques.