Divulgação (Foto: Maryanna Oliveira/Câmara dos Deputados)
Câmara aprova texto principal do projeto que abranda punição por
improbidade
Deputados devem votar nesta quarta proposta de mudança na proposta; na
sequência, vai para sanção ou veto de Bolsonaro
A Câmara dos Deputados aprovou nesta
terça-feira (5) o texto principal do projeto que abranda a Lei de Improbidade
Administrativa e exige que se comprove a intenção de lesar a administração
pública para que se configure crime.
Por
395 votos a favor e 22 contrários, os parlamentares acataram sete das oito
alterações feitas pelo Senado. A Câmara atendeu a decisão do relator do texto
na Câmara, Carlos Zarattini (PT-SP), de rejeitar uma emenda sobre nepotismo.
Foram 253 votos contrários à emenda a 162 favoráveis.
Os
deputados ainda precisam votar uma proposta de modificação ao projeto, o que
deve ocorrer nesta quarta-feira (6). Na sequência, o texto vai para sanção ou
veto do presidente Jair Bolsonaro.
Zarattini
rejeitou uma emenda feita pelo Senado no dispositivo que diz que não será
configurada improbidade “a mera nomeação ou indicação política por parte dos
detentores de mandatos eletivos, sendo necessária a aferição de dolo com
finalidade ilícita por parte do agente.”
Na
avaliação dos senadores, não seria necessário comprovar dolo na nomeação de
cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até
o terceiro grau de quem nomeou caso a indicação fosse para ocupar cargo de
direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de
confiança ou, ainda, de função gratificada na administração pública direta e
indireta na União, estados e municípios.
(Com
informações do jornal Folha de S. Paulo)