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Lei ‘antibaixaria’: PL que proíbe shows com músicas de teor
sexual é aprovada por Câmara de Salvador
Projeto de Lei nº 167/2024 busca regulamentar o conteúdo musical
de artistas contratados com verba pública
Um Projeto de Lei, nº 167/2024, que proíbe a contratação pela
prefeitura de artistas que promovam, em suas músicas, conteúdos de caráter
sexual explícito, incentivo a crimes ou ao uso de entorpecentes foi aprovado
pela Câmara dos Vereadores de Salvador nesta terça-feira (18).
A proposta, de autoria do vereador Alexandre Aleluia (PL),
estabelece que a Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Secult) será
encarregada de avaliar o conteúdo de artistas a serem contratados para eventos
custeados com verba pública, principalmente enquanto acontece o Carnaval. O PL
deve ser examinado pelo prefeito, que será responsável por sancionar ou
desautorizar a lei.
O PL também define as penalidades em caso de violação da norma.
O artista ou banda poderá ficar proibido de ser contratado pela prefeitura por
um período de três anos. Se menores estiverem envolvidos na apresentação, o
prazo será estendido para quatro anos. Junto a isso, a administração da capital
baiana poderá até exigir o reembolso do cachê, caso este tenha sido pago nos
últimos dois anos.
A proibição de contratar artistas que apresentem músicas com
conteúdo sexual não é uma discussão nova. Em 2012, foram sancionadas as leis
municipal nº 8.826 e estadual nº 12.573, conhecidas como 'antibaixaria', que
proíbem o uso de verba pública para contratar artistas cujas músicas incentivem
violência, desrespeitem mulheres, ou promovam homofobia, discriminação racial e
apologia ao uso de drogas ilícitas. No Carnaval de 2023, o Ministério Público
da Bahia recomendou à prefeitura de Salvador a fiscalização de artistas e blocos
para garantir o cumprimento dessas leis.