Política
Publicada em 09/10/24 às 20:11h - 15 visualizações
Aliados de Caetano apostam na vinda de Lula para reta final do segundo turno contra oposição em Camaçari https://www.radiombfm.com.br/noticias/metropolitica/156221,aliados-de-caetano-apostam-na-vinda-de-lula-para-reta-final-do-segundo-turno-contra-oposicao-em-camacari
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Divulgação (Foto: reprodução) Aliados de Caetano apostam na vinda de Lula
para reta final do segundo turno contra oposição em Camaçari
Presença do presidente na campanha do petista é vista como
trunfo em um duelo acirrado contra rival do União Brasil
O comando de campanha do candidato do PT à prefeitura de
Camaçari, Luiz Caetano, conta com a presença do presidente Lula na reta final
do segundo turno no quarto maior colégio eleitoral baiano, o único do estado onde
a disputa será decidida em um novo round. Embora evitem cravar a vinda de Lula,
auxiliares próximos a Caetano receberam de Brasília sinais positivos sobre a
presença de Lula ao lado do ex-prefeito no duelo direto contra o candidato do
União Brasil, Flávio Matos, ex-presidente da Câmara de Vereadores do Município
e nome apoiado pelo atual prefeito, Antônio Elinaldo. Nos últimos dias, o
ministro da Casa Civil, Rui Costa, o governador Jerônimo Rodrigues e o senador
Jaques Wagner iniciaram um esforço coordenado para convencer o presidente a
participar de um ato público na campanha de Caetano. Saíram otimistas das
primeiras investidas.
O pouco
que falta
A vinda de Lula a Camaçari é vista como trunfo para Caetano em uma disputa com
dois candidatos que terminaram praticamente empatados no primeiro turno. O
petista obteve 49,52%, ante 49,17% de Flávio Matos. Em números absolutos, foi
77.926 contra 77.367, diferença de meros 559 votos a favor do ex-prefeito.
Internamente, os integrantes da campanha de Caetano estão certos de que a
presença do presidente pode ampliar a margem e completar o saldo que faltou ao
companheiro no último domingo (06), a reboque da popularidade de Lula em uma
cidade que deu a ele mais que o dobro dos votos na queda de braço com o
ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em 2022.
Mudança
de hábito
Caso o maior cabo eleitoral do PT apareça de fato na batalha pelo maior
município da Região Metropolitana de Salvador, será uma vitória e tanto para o
trio Rui, Jerônimo e Wagner. Até então, Lula observou as eleições deste ano do
camarote. Não participou nem dos atos de campanha do candidato apoiado por ele
em São Paulo, o deputado federal Guilherme Boulos (Psol). Chegou inclusive a
cancelar de última hora a presença em um evento organizado por Boulos no fim de
setembro, sob a justificativa de participar da posse da nova presidente do
México, Claudia Sheinbaum. Tudo para evitar atritos com partidos que compõem
sua base de sustentação no Congresso Nacional e não atrapalhar a agenda
prioritária do Planalto na Câmara dos Deputados e no Senado.
Ponto de
passagem
No segundo turno, Lula decidiu entrar no jogo em cidades consideradas
estratégicas para a futura corrida presidencial. Especialmente, naquelas onde a
polarização com a tropa de Bolsonaro é mais aguda. Isso inclui, além de São
Paulo, Fortaleza e Natal. Mesmo que o adversário do PT em Camaçari não seja
associado pelo eleitorado local à extrema-direita de raiz, a cidade entrou no
mapa pela importância que terá para o partido na Bahia em 2026, já que
reconquistar o município pode amenizar o triunfo obtido pela oposição nos 20
maiores eleitorados do estado e a perda em praças importantes, como Ilhéus,
Jequié, Lauro de Freitas e Vitória da Conquista, apesar de que nesta a votação
está sub judice.
Se me
chamar, eu vou
Do lado contrário, os dois principais líderes da oposição, o prefeito Bruno
Reis e o ex-prefeito ACM Neto, também planejam entrar de cabeça em Camaçari
para impulsionar a candidatura de Flávio Matos e tentar virar o jogo no embate
final com Caetano. Antes de embarcar para Brasília na terça-feira (08), Neto
recebeu o candidato do União Brasil no escritório do partido em Salvador e
disse estar à disposição de Matos para participar de todos os eventos de
campanha do aliado. Na cidade, chegaram a circular rumores de que Neto teria
alugado uma casa em um condomínio de luxo na cidade e decidiu se mudar
temporariamente para lá, mas a informação foi descartada por sua assessoria de
imprensa.
Mal de ex
Ainda sobre Camaçari, passou praticamente despercebido o fiasco do ex-prefeito
José Tude (União Brasil) no páreo por uma vaga na Câmara de Vereadores da
cidade. Mesmo tendo administrado o município por três vezes, Tude conseguiu
apenas 1.164, cerca de metade do que precisava para ser eleito pelo atual
partido. Parece ter adquirido o mesmo carma do ex-prefeito João Henrique (PL),
que comandou a prefeitura de Salvador por oito anos, mas viu a eleição para
vereador naufragar novamente, com meros 3.904 votos.
Terceira
via
A vitória maiúscula do prefeito de Jequié, Zé Cocá (PP), reeleito com nada
menos que 92% dos votos válidos, deu gás aos planos do pepista de se tornar uma
liderança política regional. Além de se manter no poder por mais quatro anos
com um resultado fora do comum no histórico da cidade, Zé Cocá viu aliados de
primeira hora vencerem em 15 municípios dos vales do Jiquiriçá e do Rio de
Contas. Entre as quais, Jaguaquara, Itagi, Lafaiete Coutinho, Itiruçu, Maracás,
Ubaíra e Planaltino. O bom desempenho animou o entorno de Cocá em torno de uma
hipotética candidatura ao governo do estado. A tese é de que a política de
Jequié já rendeu dois governadores - Lomanto Júnior e César Borges - e pode
emplacar o terceiro com ele.
Favas
contadas
Vereadores com posto de destaque na Câmara de Salvador garantem que a reeleição
de Carlos Muniz (PSDB) será consolidada em candidatura única na Casa, com apoio
de quase todos os partidos. Isso se um dos dois novatos eleitos pelo Psol -
Eliete Paraguassu ou Hamilton Assis - não lançarem um nome na arena, só para
não perder o costume de contrariar a ordem dominante.
Los Xarás
A sucessão municipal não foi das melhores para os dois Adolfos da política
baiana. A começar por Adolfo Menezes (PSD), presidente da Assembleia
Legislativa, que viu a esposa, Denise Menezes, candidata em Campo Formoso,
levar uma sapecada do prefeito Elmo Nascimento (União Brasil), irmão do seu
arqui-inimigo, o deputado federal Elmar Nascimento. O segundo, o deputado
federal Adolfo Viana (PSDB), foi pego no contrapé pela virada surpreendente do
representante da base aliada em Juazeiro, Andrei da Caixa (MDB), sobre a
prefeita Suzana Ramos (PSDB), aliadíssima do líder tucano.
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