Divulgação (Foto: Prefeitura Municipal de Lauro de Freitas)
Câmara analisa PL que proíbe que motoristas de ônibus coletem
pagamentos de passagem
A relatora da proposta alega que o acúmulo das funções de
motorista e de cobrador nos transportes coletivos prejudica a segurança de
passageiros, motoristas e pedestres
Um projeto de lei (2843/24) que prevê a proibição do acúmulo de
cargos de motoristas de ônibus e cobrador, está em análise na Câmara dos
Deputados. A proposta estabelece pena de detenção de seis meses e multa para o
sócio de empresa que exigir ou permitir a prática.
Em algumas cidades da Região Metropolitana de Salvador, como
Lauro de Freitas, não há mais cobradores nos coletivos. Com isso, os motoristas
devem coletar pagamentos em dinheiro e se necessário, fornecer troco aos
passageiros, geralmente enquanto dirige.
O texto é de autoria da suplente de deputada Loreny
(Solidariedade-SP), atualmente fora do exercício do mandato, com apoio dos
deputados Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ) e Luiz Carlos Motta (PL-SP).
Loreny sustenta que o acúmulo das funções de motorista e de
cobrador nos transportes coletivos prejudica a segurança de passageiros,
motoristas e pedestres, além de submeter os trabalhadores a condições precárias
e degradantes.
“A principal função do motorista é conduzir o veículo com total
atenção e responsabilidade. Ao acumular funções, o motorista se vê obrigado a
desviar a atenção da direção, e a distração aumenta significativamente o risco
de acidentes”, explicou.
A proposta inclui a proibição no Código de Trânsito Brasileiro,
e deve ser analisada pelas comissões de Viação e Transportes, e de Constituição
e Justiça e de Cidadania antes de ser votada pelo Plenário da Câmara. Para
entrar em vigor, o texto deve ser aprovado pela Câmara dos Deputados e pelo
Senado Federal.