Divulgação (Foto: Reprodução TV Câmara)
Relator rejeita recurso de Chiquinho Brazão contra cassação; CCJ
vota nesta segunda
Deputado está preso desde março, sob suspeita de ser um dos
mandantes do assassinato de Marielle Franco
O deputado federal Ricardo Ayres
(Republicanos-TO) considerou improcedentes os argumentos apresentados por
Chiquinho Brazão (sem partido-RJ) para reverter sua cassação no Conselho de
Ética. Ele é relator do caso que deve ser votado hoje na CCJ (Comissão de
Constituição e Justiça).
Brazão está preso desde 24 de
março por ordem do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de
Moraes, sob suspeita de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora
Marielle Franco (PSOL). Ele pediu que o processo disciplinar contra ele no
Conselho de Ética seja declarado nulo e que seja reconhecida a falta de justa
causa e inaptidão.
No último dia 28 de agosto, o
Conselho de Ética da Câmara aprovou relatório que recomenda a cassação do
mandato de Brazão. Foram 15 votos favoráveis, 1 contrário e uma abstenção.
Ayres afirma que a "gravidade das acusações" contra Brazão
"impõe um rigor especial na avaliação da conduta". No parecer, diz
que "tais acusações não apenas afetam a imagem do parlamentar, mas também
a credibilidade e a honra da instituição da Câmara dos Deputados como um
todo".
Se
a CCJ rejeitar o pedido, a cassação será analisada pelo plenário da Câmara.
Brazão perde o mandato no caso do Conselho de Ética receber os votos da maioria
absoluta dos deputados, ou seja, 257 dos 513 deputados. A análise no
plenário deve acontecer após a eleição municipal.