Divulgação (Foto: Ricardo Stuckert/PR)
Lula e Boulos devem pagar multas por realização de propaganda
eleitoral antecipada
A medida se refere à fala de Lula no dia 1° de maio, durante ato
pelos trabalhadores que realizou junto a Boulos; na ocasião, o presidente disse
que a eleição municipal paulistas deste ano será como uma “verdadeira
guerra" e pediu aos seus eleitores que votassem em Guilherme Boulos em 6
de outubro
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Guilherme Boulos
(PSOL), pré-candidato à prefeitura de São Paulo, foram condenados pela Justiça
eleitoral a pagamento de multas por realização de propaganda eleitoral
antecipada. A medida se refere à fala de Lula no dia 1° de maio, durante ato
pelos trabalhadores que realizou junto a Boulos.
Na ocasião, o presidente disse que a eleição municipal paulistas
deste ano será como uma “verdadeira guerra" e pediu aos seus eleitores que
votassem em Guilherme Boulos em 6 de outubro.
“Ele [Boulos] está disputando com o nosso adversário nacional,
contra o nosso estadual, contra o nosso adversário municipal. Ele está
enfrentando três adversários. E, por isso, quero dizer: Ninguém vai derrotar
esse moço se vocês votarem no Boulos para prefeito nessas eleições. E eu vou
fazer um apelo. Cada pessoa que votou no Lula em 1989, 1996, 1998, em 2006,
2010, em 2022, tem que votar no Boulos para prefeito de São Paulo”, disse Lula.
A legislação restringe a propaganda e proíbe o pedido de voto
durante a pré-campanha. A ação contra os políticos foi movida pelo Partido Novo
e o juiz Paulo Eduardo de Almeida Sorci, do Tribunal Regional Eleitoral de SP,
determinou que o presidente Lula pague R$ 20 mil em multa e o deputado federal
Guilherme Boulos deve pagar R$ 15 mil.
Em nota, a assessoria de Guilherme Boulos afirmou que irá
recorrer da decisão judicial e acusou os opositores políticos de Boulos de uso
da máquina pública para promoção pessoal.
"A pré-campanha irá recorrer da decisão do TRE-SP. O
prefeito Ricardo Nunes, ele sim, tem usado a máquina pública para promoção
pessoal. Nunes é alvo de duas representações do PSOL por uso da máquina pública
e campanha eleitoral antecipada. As ações citam reportagens veiculadas pela
imprensa envolvendo o uso de servidores para compor claque de apoio a Nunes em
eventos custeados pela prefeitura, bem como falas do prefeito usando eventos
custeados pela prefeitura insinuando a necessidade de sua própria reeleição e
fazendo ataques ao deputado Guilherme Boulos", diz a nota.