Divulgação (Foto: Reprodução/YouTube @abcz_pmgz)
Arthur Lira defende proposta para limitar quem pode propor ações
no STF
Mudança nas ADI exigiria aprovação de emenda constitucional, com
aprovação dos votos de 308 deputados e dos 49 senadores
Arthut Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados, quer
“subir o sarrafo” de quem propor ações diretas de inconstitucionalidade (ADI)
no Supremo Tribunal Federal (STF), inclusive contra decisões do parlamento.
Defendendo a limitação de quem pode entrar com o recurso no STF, para Lira, o
fato da ADI poder ser proposta por "qualquer entidade, pessoa ou partido
político no Brasil" representa um "câncer".
As declarações aconteceram durante o discurso, na manhã de
sábado (27), da abertura da 89ª ExpoZebu em Uberaba (MG), organizada pela
Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ). A mudança nas ADI exigiria
aprovação de emenda constitucional, com aprovação dos votos de 308 deputados e
dos 49 senadores, em dois turnos em cada casa parlamentar.
As ações diretas de inconstitucionalidade estão previstas na
Constituição Federal (artigos 102 e 103). Conforme a norma, podem pedir ADI o
presidente da República; a Mesa do Senado Federal; a Mesa da Câmara dos
Deputados; mesas de assembleias legislativas ou da Câmara Legislativa do
Distrito Federal; governadores de estado ou do Distrito Federal; o
procurador-geral da República; o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do
Brasil; partidos políticos com representação no Congresso Nacional; e
confederações sindicais ou entidades de classe de âmbito nacional.
“O que é que adianta um projeto com 400 votos no plenário da
Câmara e um parlamentar entra com a ADI e um ministro [do STF] dá uma
liminar?”, indagou o presidente da Câmara se referindo à suspensão de decisões
tomadas no Congresso. Segundo Lira, o STF recebe essas demandas “todos os dias
de todos os setores” e as “discussões [jurídicas] nunca findam".