Divulgação (Foto: Bruno Spada- Renato Araújo - Mário Agra/Câmara dos Deputados)
Conselho de
Ética arquiva processos contra Salles, Sâmia, Girão e Lindbergh
De acordo com os
relatores, as condutas que foram questionadas estão protegidas pela imunidade
parlamentar
O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados arquivou, nesta
quarta-feira (17), quatro processos por quebra de decoro parlamentar, contra os
deputados Ricardo Salles (PL-SP), Sâmia Bomfim (Psol-SP), General Girão (PL-RN)
e Lindbergh Farias (PT-RJ). De acordo com os relatores, as condutas que
foram questionadas estão protegidas pela imunidade parlamentar e não poderiam
ser enquadradas como quebra de decoro.
O ex-ministro do Meio Ambiente de Bolsonaro Ricardo Salles teve
o pedido de cassação solicitado pelo PT, PSOL, PCdoB e PSB após fazer
falas defendendo a ditadura militar, durante reunião da CPI do MST.
Sâmia Bomfim foi acusada pelo PL de atacar a honra e a imagem de
membros da sigla, como Salles e o deputado Delegado Éder Mauro (PL-PA). As
falas teriam ocorrido também durante reunião da CPI do MST. De acordo com o
relator, deputado João Leão (PP-BA), também não houve ofensa ao decoro.
Já o deputado General Girão, foi acusado pelo Psol de ter
ameaçado agredir fisicamente o deputado Glauber Braga (Psol-RJ) durante reunião
da Comissão de Relações Exteriores. O relator concluiu que houve apenas “a
defesa convicta do seu posicionamento, talvez de maneira mais acalorada”.
A cassação de Lindbergh foi proposta pelo PL contra o deputado
por chamar a deputada Carla Zambelli (PL-SP) de “terrorista” em sessão do
Plenário. O relator apresentou parecer pelo arquivamento por entender que a
fala foi feita em “um momento de acentuado embate político-ideológico
envolvendo ataques a Israel e crítica a uma aliada do ex-presidente”.