Divulgação (Foto: Valter Pontes/Secom PMS)
Prefeito reage a críticas sobre impactos das
chuvas e dispara contra governo: "Caos provoca quem quer ver o
caos"
"Ficam torcendo para quanto pior melhor, fazendo críticas,
como se não tivesse responsabilidade", disparou Bruno Reis
Em conversa com o editor-chefe do Portal M!, Osvaldo Lyra, o prefeito de
Salvador, Bruno Reis (UB), rebateu as críticas feitas à sua gestão no combate
aos danos causados pelas fortes chuvas que atingiram a cidade nos primeiros
dias do mês de abril. De acordo com o gestor, a capital baiana conseguiu lidar
bem com os transtornos causados pelas chuvas, mesmo com um volume tão intenso
de água caindo sob a cidade.
Bruno Reis destacou quer a chuva causou estragos maiores em
lugares de todo o mundo, inclusive em municípios do interior da Bahia e que, ao
contrário disso, Salvador não viveu um caos, mesmo recebendo, dentro de algumas
horas, o volume de chuva previsto para todo o mês.
"Vocês não viram o que aconteceu na Alemanha, na Itália,
nos Estados Unidos... na Bahia, que morreu um bocado de gente neste ano, em São
Paulo, no Rio de Janeiro, em Pernambuco... caos nenhum! Teve alagamentos como
toda cidade do mundo tem quando chove muito em pouco tempo. Nós estamos indo
para quatro anos que não morre uma pessoa nessa cidade por causa das chuvas,
por causa das obras de encosta que nós fizemos. Caos é quem fica torcendo pra
ter o caos. Tinha muita gente rezando para pessoas morrerem, perderem as vidas,
por interesse político, mas graças ao trabalho, quinhentas e sete encostas
feitas nesse período mesmo de ACM Neto. É mais do que todos governadores, todos
prefeitos juntos fizerem toda história. É por isso que a cidade está mais
segura, mais resiliente, mais resistente", disse ao Portal M!.
O prefeito afirmou que, mesmo com todas as ações promovidas pela
prefeitura no combate aos danos causados pelas chuvas, alguns transtornos
acabam acontecendo. Contudo, Bruno Reis destacou que, se fosse há anos atrás,
quando essas melhorias ainda não haviam sido implementadas, os problemas seriam
maiores. "Sabe onde a gente estava? A gente estava no cemitério, dando
apoio às famílias, chorando pela perda de vida!".
Cobranças ao Governo do Estado
Bruno Reis afirmou que as localidades que estão sob
responsabilidade do Governo da Bahia, atualmente sob o comando de Jerônimo
Rodrigues (PT), tiveram reflexos mais significativos dos estragos causados
pelas fortes chuvas.
"Tiveram alagamentos e as áreas piores são as de
responsabilidade do governo do estado, aqui em São Cristóvão, Baixinha de
Mussurunga, Cassange... porque abre a comporta da barragem do Rio Ipitanga de
vez, sem avisar as famílias e alaga tudo. Sabe o que eu estava fazendo lá?
Estava dentro da casa das pessoas. Ontem estava dando cesta básica para todo
mundo", disse o prefeito, anunciando que, na próxima semana, a gestão
municipal concederá o pagamento de um auxílio no valor de três salários mínimos
para que as pessoas afetadas pelas chuvas possam comprar os móveis e
eletrodomésticos que perderam pela força das águas.
O gestor afirmou que, para que os problemas sejam sanados nessas
localidades que estão sob responsabilidade do Estado, o governo de Jerônimo
Rodrigues precisa fazer obras de melhoria na região. "O Estado tem que
fazer toda conformidade do canal, de lá da barragem até entroncar no canal do Rio
Jaguaripe, ali no Bairro da Paz, saindo lá na orla".
Reis endureceu o discurso e disse ao Portal M! que os que estão
criticando a atuação da sua gestão no combate às chuvas são "aves de
agouro", pois a cidade hoje é outra. "Ficam torcendo para quanto pior
melhor, fazendo críticas, como se não tivesse responsabilidade, como se não
governasse esse estado há 18 anos e tudo que acontece em Salvador é somente
resultado da prefeitura".
Ao falar sobre o assunto, o prefeito da capital baiana também
apontou que o estado registrou muitas mortes em decorrência das chuvas ao longo
deste ano, mas que Salvador, menos tendo recebido o dobro de chuva que estava
previsto para todo o mês, se manteve resistente. "Apesar dos que fazem
esses sensacionalismos, dos que torcem contra, dos que ficam rezando para ter
uma tragédia, contrariamos todos com o trabalho e nada resiste ao
trabalho".
Confira a entrevista na íntegra: