Divulgação (Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil)
PT assina acordo de cooperação com Partido
Comunista de Cuba
Pacto visa reforçar os laços entre as duas organizações e
fortalecer a troca de experiências, segundo a legenda
Na última quinta-feira (28), a deputada federal e presidente
nacional do PT, Gleisi Hoffmann, esteve em Cuba, onde assinou um acordo de
cooperação e intercâmbio com o Partido Comunista (PC) cubano. O tratado é
similar ao que a legenda assinou em setembro do ano passado com o Partido
Comunista da China. O pacto visa reforçar os laços entre as duas organizações e
fortalecer a troca de experiências, segundo a legenda.
A passagem de Gleisi pelo país caribenho ainda contou com um
encontro com o presidente Miguel Diáz-Canel. Também participou da reunião o
deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ). A presidente do PT escreveu nas
redes sociais que transmitiu ao líder cubano o interesse de dialogar
"sobre o que mais o Brasil pode fazer para ajudar Cuba, em meio ao bloqueio
que está sofrendo".
A visita de Gleisi à ilha caribenha ocorreu na mesma semana em
que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou, pela primeira vez neste
mandato, um governo autoritário de esquerda. Na última quinta-feira, Lula
criticou abertamente o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, de quem é
aliado histórico, por causa do veto do seu governo à candidatura de María
Corina Machado, que saiu vencedora das primárias organizadas pela oposição. O
petista disse que é "grave que a candidata não possa ter sido registrada,
porque ela não foi proibida pela Justiça".
De acordo com a parlamentar, Diáz-Canel destacou "os
excelentes vínculos entre as duas organizações políticas e a importância de
aprofundá-las". O presidente cubano e primeiro secretário do Partido
Comunista ainda teria agradecido, segundo Gleisi, o apoio de Lula aos cubanos
por meio de parcerias para fazer frente ao embargo norte-americano.
Cuba enfrenta atualmente uma das piores crises econômicas de sua
história. A situação na ilha tem se agravado a tal ponto que especialistas têm
traçado paralelos com o chamado período especial, quando a economia cubana
passou por severa recessão provocada pela dissolução do seu principal parceiro
econômico e político, a União Soviética.