Divulgação (Foto: Ricardo Suckert/PR)
Brasil e mais 23 países da Celac pedem cessar-fogo imediato em
Gaza
Texto lamenta a morte de 30 mil palestinos desde o início dos
ataques israelenses
O Brasil e mais 23 países da Comunidade de Estados
Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) assinaram, nesta sexta-feira (1º), uma
declaração conjunta por um cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza.
Os chefes de Estado reforçaram a exigência da Assembleia Geral
da ONU (Organização das Nações Unidas) de um cessar-fogo humanitário imediato
em Gaza e de que todas as partes no conflito cumpram o direito internacional,
especialmente no que diz respeito à proteção de civis. A resolução da ONU foi
aprovada em dezembro de 2023.
“Conscientes da intransigência refletida nas declarações
do governo de Israel e do agravamento da crise humanitária em Gaza, deploramos
o assassinato de civis israelenses e palestinos, incluindo os cerca de 30 mil
palestinos mortos desde o início da incursão de Israel em Gaza, e manifestamos
profunda preocupação com a situação humanitária catastrófica na Faixa de Gaza e
com o sofrimento da população civil palestina”, diz a declaração.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva estevepresente na
cúpula da Celac e, durante seu discurso, propôs uma moção à ONU pelo fim
imediato do genocídio de palestinos na Faixa de Gaza, imposto pelo governo de
Israel. Para Lula, a reação de Israel aos ataques do Hamas é “desproporcional e
indiscriminada” e a “indiferença da comunidade internacional [aos atos] é
chocante”.
Ainda na declaração, os países da Celac exigem a garantia de
acesso humanitário às áreas afetadas e apoiam a Agência das Nações Unidas de
Assistência e Obras aos Refugiados da Palestina (UNRWA). Criada em 1949, a
agência da ONU desenvolve ações sociais, como educação, saúde e moradia,
destinadas a palestinos na Faixa de Gaza, Cisjordânia, Jordânia, Síria e no
Líbano.
A Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos constitui
o único mecanismo de diálogo que reúne, de maneira autônoma, o conjunto dos
países em desenvolvimento do continente americano. Após 3 anos de afastamento,
o Brasil se reintegrou em janeiro de 2023.