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Eleições 2024:152 mi
eleitores vão escolher 5.568 prefeitos no Brasil
Também serão escolhidos cerca de 58 mil vereadores em todo país
e deve repetir queda de braço entre Lula e Bolsonaro
As eleições municipais no Brasil, neste ano, promete mais uma
vez repetir a queda de braço entre os grupos do presidente Lula (PT) e do
ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ao todo, 152 milhões de eleitores devem ir
às urnas para escolher 5.568 prefeitos e cerca de 58 mil vereadores em todo o
país. Somente o Distrito Federal e a ilha de Fernando de Noronha não têm
eleições. A ministra Carmen Lúcia comandará o Tribunal Superior Eleitoral (TSE)
durante a eleição, cujo primeiro turno está marcado para acontecer no dia 6 de
outubro. Já o segundo turno, se necessário, ocorrerá no dia 27 de outubro.
De acordo com dados do TSE, na última eleição municipal, em
2020, o MDB foi o partido com maior número de prefeitos, com 797 eleitos.
Mesmo com o triunfo, elegeu 247 a menos do que em 2016, quando conseguiu
emplacar 1.044 dirigentes municipais. Em segundo, aparece o PP com 701
prefeitos, seguido pelo PSD, com 662 - ambos tiveram crescimento em relação ao
pleito anterior, quando elegeram 206 e 123, respectivamente.
Como o MDB, o PSDB foi outro partido que também perdeu
prefeituras se comparado a 2016. A legenda tucana aparece em quarto lugar em
2020, com o comando de 531 prefeituras, 268 a menos em relação ao pleito
anterior. O extinto DEM, do ex-prefeito ACM Neto (BA), aparece no ranking em
quinto lugar, com 475 prefeituras, 207 a mais que em 2016.
Já o PL de Bolsonaro aparece em sexto com 349 prefeitos, 52 a
mais em relação a 2016, quando elegeu 297 chefes municipais. Em seguida, PDT do
ex-presidenciável Ciro Gomes com 318, PSB da deputada federal Lídice da Mata
(BA) com 258, PTB de Roberto Jefferson com 217 e Republicanos do deputado
federal Márcio Marinho (BA) com 216. Este último, foi o único que saiu maior em
2020, já que em 2016 havia eleito apenas 111 prefeitos. Já PDT, PSB e PTB
tiveram uma queda se comparado a 2016, com 16, 149 e 39 a menos de prefeitos
respectivamente.
O PT do presidente Lula e do governador Jerônimo Rodrigues (BA)
aponta apenas em 11º lugar no ranking. Em 2016, já havia encolhido, com a
eleição de apenas 254 prefeitos ante 638 em 2012. Com impeachment da
ex-presidente Dilma Rousseff, Lula preso e vários correligionários enfrentando
o escândalo da operação Lava Jato, o partido conseguiu eleger somente 183
prefeitos, 71 a menos que em 2016.
Com a eleição do presidente Lula, que está em seu terceiro
mandato, e a inegibilidade de Bolsonaro, os partidos correm contra o tempo na
costura de alianças para emplacar o maior número de chefes municipais em 2024.
No entanto, as eleições municipais têm várias particularidades e cenários
locais que vão além de fisiologia partidária. Tanto que a Executiva Nacional do
PT aprovou uma resolução, em agosto, que abre brechas para possíveis alianças
pontuais com o PL, dirigido por Valdemar Costa Neto.
Assim como o partido de Lula não descarta dobradinha com a
legenda adversária, o partido de Bolsonaro avalia cenários municipais no
próximo ano com articulações no Rio de Janeiro, Ceará e Maranhão. A Bahia
também não foi descartada, embora o presidente estadual do PL, o ex-ministro da
Cidadania João Roma, já teria declarado que a legenda poderá marchar ao lado do
prefeito de Salvador, Bruno Reis (União Brasil), que deve tentar à reeleição em
2024. Além disso, o candidato escolhido pelo grupo Jerônimo não foi um petista
e sim o vice-governador Geraldo Jr, do MDB.