Divulgação (Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil)
Haddad e Gleisi divergem em evento do PT sobre relação entre
déficit nas contas e crescimento econômico.
Gleisi Hoffmann minimizou as divergências com Haddad,
classificando as discordâncias como normais
Durante a Conferência Eleitoral do PT em Brasília neste sábado
(9), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, discordou da presidente nacional
do PT, Gleisi Hoffmann, em relação à abordagem da política para as contas
públicas.
Haddad destacou que o déficit nas contas públicas, acompanhado
por um aumento nos gastos, não implica automaticamente no crescimento da
economia. Ele argumentou que durante os oito anos de governo do presidente Lula
(PT), o superávit primário foi de 2%, enquanto a economia cresceu 4%, refutando
a ideia de que o déficit impulsiona o crescimento econômico.
O ministro ressaltou que nos últimos dez anos, o país enfrentou
um déficit de R$ 1,7 trilhão, mas a economia não apresentou crescimento
correspondente, enfatizando que essa não é a dinâmica da economia.
Gleisi Hoffmann, defensora de uma maior intervenção do Estado para
impulsionar a economia e da revisão para um possível déficit nas contas
públicas no próximo ano, minimizou as divergências com Haddad, classificando as
discordâncias como normais. Ela destacou que ambos têm visões diferentes,
expressas de maneira tranquila e respeitosa.