Divulgação (Foto: Reprodução)
Oposição
impede votação de empréstimo bilionário na Assembleia Legislativa da Bahia
A partir desta terça (14), pauta ficará obstruída pelo Projeto
de Lei que trata da atualização na gratificação de policiais
Um pedido de verificação de quórum realizado pelo líder da
bancada de oposição na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), o deputado
estadual Alan Sanches (União Brasil), encerrou a sessão extraordinária
convocada para esta segunda-feira (13), quando a base governista pretendia
votar, em regime de urgência, a autorização para o Governo da Bahia tomar um
empréstimo de R$ 1,6 bilhão.
Sem a quantidade mínima de deputados no plenário da Assembleia
Legislativa, como exige o Regimento Interno, o presidente da sessão acolheu o
requerimento e encerrou os trabalhos.
"Quando percebi a intenção do líder de governo de colocar
em votação o empréstimo e que eles não teriam o quórum para votação, tinha que
tratar de obstruir. O governo quer votar às pressas e sem a menor discussão um
projeto que compromete o cofre do Estado com uma dívida bilionária, sem que
haja também a total transparência de como e quando esses recursos serão
aplicados", afirmou Alan Sanches.
"Nem mesmo os deputados aliados do governo estão
convencidos de votar essa matéria. Prova disso é que muitos nem compareceram ao
plenário", emendou.
Em menos de um ano de gestão, esse é o quarto pedido de
empréstimo feito pelo governador Jerônimo Rodrigues (PT), cuja soma já chega a
R$ 3,5 bilhões.
A partir desta terça (14), a pauta de votação da Assembleia
Legislativa ficará obstruída pelo Projeto de Lei que trata da atualização na
gratificação de policiais e agentes da segurança pública. O PL nº 25.069/2023
já terá completado o prazo regimental de 45 dias e terá que ser apreciado.
"Só
assim para o governo finalmente dar atenção aos nossos policiais, que são
verdadeiros guerreiros, mas infelizmente estão de fora da lista de prioridades
do Governo do Estado. A gente só vê agilidade do Executivo na hora de contrair
empréstimos e aumentar os impostos, como fez semana passada com o ICMS.
Definitivamente é um governo que não cuida de gente", completou Alan
Sanches.