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Centrão rebate acusações de Lula sobre diminuição de mulheres na Esplanada

Integrantes do centrão na Câmara dos Deputados rebateram as falas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que culpou os partidos políticos aliados pela ausência de mulheres no primeiro escalão do governo.

De acordo com o jornal Folha de São Paulo, os parlamentares tem dito que o presidente vem tentando se desvencilhar de uma responsabilidade que é dele.

Na última semana, em conversa com jornalistas, Lula disse que, quando tenta estabelecer alianças com um partido, nem sempre as siglas têm mulheres para indicar.

“Eu lamento, porque o que eu quero fortalecer no governo é passar a ideia de que a mulher veio para a política para ficar. Quando um partido político tem que indicar uma pessoa e não tem mulher, eu não posso fazer nada”, disse o presidente.

No entanto, alguns integrantes do centrão rebateram a fala de Lula e disseram que a decisão de quem vai fazer parte do governo federal é de responsabilidade do presidente. Os parlamentares afirmaram ainda que, se o petista tivesse determinado a indicação de mulheres, os partidos teriam atendido ao pedido.

As mudanças na composição da Esplanada dos Ministérios acontecem em momento em que o governo tenta melhorar a articulação política no Congresso Nacional e consolidar uma base de apoio na Câmara dos Deputados.

Ao todos, Lula já demitiu três mulheres em cargos do primeiro escalão do governo: Daniela Carneiro (Turismo), Ana Moser (Esportes) e Rita Serrano (Caixa Econômica Federal).

Para os cargos, o nomeou Celso Sabino (UB), no Turismo, André Fufuca (PP-MA), nos Esportes, e Carlos Antônio Vieira Fernandes, aliado do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para o comando da Caixa.

Historicamente, as mulheres ocupam poucos cargos nos Poderes Legislativo e Executivo no Brasil, além de postos de lideranças de partidos políticos, apesar de as mulheres serem maioria da população.

De acordo com dados do Censo Demográfico 2022, o Brasil conta com 104,5 milhões de habitantes mulheres, o que representa 51,5% da população.