divulgação (Foto: Reprodução)
Mais
três vítimas vão prestar depoimento contra ginecologista investigado por
violência sexual
O ginecologista, de 71 anos, negou os crimes e vai prestar depoimento à
polícia no dia 27 de julho
O médico ginecologista Elziro Gonçalves de
Oliveira, de 71 anos, investigado por supostamente ter cometido o crime
de violência sexual, vai ser denunciado por mais três
mulheres nesta sexta-feira (21), em Salvador. O crime teria ocorrido no centro
médico do plano Caixa Assistência dos Empregados do Baneb (Casseb), no bairro
de Brotas.
O BNews apurou junto a advogada
Clarice Aragão, responsável por fazer a defesa das vítimas, que tudo começou
quando a sua primeira cliente ficou sem dormir e se alimentar e a partir daí
tomou a decisão de prestar depoimento à polícia na
6ª Delegacia de Brotas.
De acordo com a advogada, o crime que está
configurado no caso da primeira cliente trata-se de violência sexual mediante fraude
– cuja pena varia de 2 a 6 anos de reclusão. Ela pontuou ainda que o processo
está na fase inicial onde as provas serão colhidas, mas ressaltou que os
depoimentos das mulheres têm um peso substancial no curso do processo. Ainda
segundo Aragão, há mais duas pessoas querendo prestar queixa contra o médico
após a repercussão na imprensa.
O médico vai ser ouvido pela polícia no próximo dia
27 de julho a fim de que o inquérito possa ser concluído e remetido ao Ministério Público da Bahia (MP-BA).
O ginecologista negou o assédio. Após ser ouvido pela
coordenadora da unidade onde trabalha há 30 anos, ele foi afastado e viajou
para outro estado. "Eu fiz a minha defesa. É... Não houve nada do que a
paciente está alegando. Não estou entendendo o porquê. Nunca tive uma queixa,
nunca tive um problema", garantiu.
Por meio de nota, o Conselho Regional de Medicina
(Cremeb) relatou que o processo tramita em sigilo e se as denúncias forem
comprovadas, as sanções podem ir de advertência até cassação do exercício
profissional.