divulgação (Foto: Reprodução)
Investigação
do MP-GO aponta esquema de apostas em ao menos oito estados
Investigação pode se
tornar de âmbito nacional e ir para Polícia Federal
As investigações do Ministério
Público de Goiás sobre manipulação de jogos de futebol em esquema de apostas
esportivas ganharam repercussão nacional.A
relação de jogadores envolvidos e de clubes que teriam sido prejudicados pela
quadrilha pode aumentar. De acordo com reportagem do Estadão, ao menos oitos
estaduais podem ter sofrido com as ações da máfia.
Os
torneios da Bahia, Goiás, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná,
Ceará e Sergipe são investigados. Em conversas que o MP teve acesso entre Bruno
Lopez (BL), sua esposa Camilla Mota e Ralph Fraga, os três comentam sobre os
estaduais.
"Maravilha, irmão. Então vamos ver com
quem a gente consegue casar. Eu tô com contato no campeonato mineiro, tô com
contato no campeonato paranaense, tô com contato no campeonato paulista, tô com
contato no campeonato baiano, tô com contato no campeonato, cearense”, diz, por
mensagem de áudio, Thiago Chambó, em 4 de janeiro. Ele é apontado como um dos
líderes do esquema. “Não, é isso que eu ia te falar. Eu tenho aqui no mineiro,
tenho no carioca, tenho no paulista, tenho nesse sergipano, tá ligado? E tenho
no goiano”, responde Bruno Lopez, outro ‘liderança’ das fraudes das apostas, de
acordo com o Ministério Público de Goiás. Ambos foram presos. Bruno agia com
sua mulher Camilla Motta.
Na primeira fase da operação,
focada em apostadores e administrativo, 14 pessoas foram denunciadas. Na
segunda, dedicada aos financiadores, 16 nomes – alguns aparecem nas duas
acusações.
Em
paralelo às investigações estaduais, há uma expectativa de que as investigações
cheguem a crimes de lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Com isso, poderiam
ser centralizadas pela Polícia Federal. O ministro da Justiça, Flávio Dino,
determinou que a PF abra um inquérito para tratar do tema. A instituição já
realiza apurações preliminares. Alguns investigadores defendem a centralização
por causa da característica interestadual do grupo descoberto pelo MP de Goiás.